Guarda ajudou autarca a fugir de acidente e acabou suspenso por 6 meses

8 meses atrás 63

O Supremo Tribunal espanhol confirmou a suspensão por seis meses aplicada a um membro da Guardia Civil que ajudou a retirar a autarca de Cayón, em Cantábria, do local de um acidente rodoviário em que esteve envolvida, sem que fosse oficialmente identificada e sem que lhe fossem feitos testes de despiste a álcool e/ou drogas no sangue.

A informação é avançada pela Cadena SER, que conta os detalhes da ocorrência de novembro de 2021, quando a autarca, Pilar del Río, do Partido Popular, colidiu com a parte traseira de um veículo.

A mulher, diz o tribunal, contactou o membro da Guardia Civil referido, que se apresentou no local vestido à paisana e no seu veículo próprio. Uma vez lá, cumprimentou os companheiros que se encontravam no local e, enquanto falavam com os ocupantes do outro veículo, retirou a mulher da cena do acidente, sem que esta fosse oficialmente identificada e sem que lhe fosse realizado um teste de despiste à presença de álcool e/ou drogas no sangue.

"Tinha que tirar dali a presidente da Câmara", terá reconhecido o homem, quando confrontado pelos seus superiores sobre o caso.

"Não só fez mau uso e abusou dos seus poderes, como também causou graves danos ao Corpo da Guardia Civil, porque, estando em serviço ou não, o seu comportamento deve ser de acordo com os valores e princípios inspiradores da Guarda Civil", lê-se no auto do tribunal, em que se afirma que "não resta dúvida do grave dano que pressupõe que não só não colaborou com a patrulha de trânsito que compareceu ao local do acidente para tentar esclarecer o ocorrido, como, para surpresa dos agentes e dos ocupantes do outro veículo, descobriu-se que tinham abandonado o local do acidente".

No momento da colisão, Pilar del Río era autarca em Cayón pelo PP, mas a direção dos populares na região de Cantábria retirou-lhe a confiança política e não a escolheu como cabeça de lista nas últimas eleições municipais espanholas.

A mulher reconquistou o lugar, no entanto, sob a bandeira de um partido independente, graças ao apoio do Partido Socialista espanhol (PSOE) e do Partido Regionalista da Cantábria (PRC).

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