Guerra comercial EUA-China não esquece Inteligência Artificial

5 meses atrás 68

Uma das medidas a implementar poderá ser monitorizar a quantidade de poder computacional utilizado no desenvolvimento de um modelo de IA por parte de empresas oriundas de países como China, Rússia, Irão ou Coreia do Norte.

A guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China voltou a agudizar-se. A ofensiva de Washington chegou com ataques à indústria dos carros, mas envolveu também outros sectores de relevância económica, como a tecnologia. Os EUA preparam uma ronda de sanções para tentar impedir o avanço da Inteligência Artificial (IA) ​​na China, bem como em países como a Rússia, o Irão e a Coreia do Norte.

O objetivo é restringir o acesso a software avançado utilizado no desenvolvimento de aplicações de IA, de acordo com a Reuters. A agência noticiosa escreve que uma das medidas a implementar poderá ser monitorizar a quantidade de poder computacional utilizado no desenvolvimento de um modelo de IA. Ou seja, a empresa teria de comunicar os resultados ao Departamento de Comércio dos EUA.

A preocupação dos EUA é que não haja concorrência a tecnológicas como Microsoft, Alphabet (Google) ou Anthropic e que Pequim recorra aos modelos de IA para extrair informação ou gerar conteúdo que possa gerar ciberataques e comprometer a segurança da maior economia do mundo.

Aliás, na segunda-feira, Joe Biden ordenou que a chinesa MineOne Partners Limited vendesse um terreno que tem perto de uma base da Força Aérea norte-americana, em Cheyenne, no Wyoming, onde a empresa ponderava fazer uma ‘mina’ de moedas digitais.

Ontem também veio a público que os EUA e a China se vão reunir esta terça-feira em Genebra, na Suíça, para discutir como mitigar os riscos associados à IA. No entanto, as autoridades norte-americanas dizem que as políticas de Washington não estarão na mesa das negociações. É apenas uma conversa no âmbito do plano de reduzir a falta de comunicação entre os dois rivais, acordado o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi.

O mercado automóvel é outro dos alvos. Segundo o “Wall Street Journal”, a Casa Branca planeia aumentar as taxas alfandegárias. O imposto deverá subir de 25% para quase 100% e incluir uma taxa adicional de 2,5% sobre todos os carros elétricos importados da China.

Ler artigo completo