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"Agressão". Israel multiplica bombardeamentos sobre bastião do Hezbollah em Beirute
A máquina de guerra israelita lançou, durante a última noite, sucessivas vagas de bombardeamentos sobre a periferia a sul da capital libanesa, Beirute, zona de forte implantação do Hezbollah. Além de um ataque que teve por alvo o número um do movimento xiita pró-iraniano, as Forças de Defesa de Israel atingiram depósitos de armas. A milícia de Hassan Nasrallah reivindicou, em retaliação, bombardeamentos no norte de Israel.
Hassan Nasrallah, que Israel admitiu ter visado nos bombardeamentos de sexta-feira contra o “quartel-general” do movimento xiita, terá escapado com vida. Morreram pelo menos seis pessoas e outras 91 ficaram feridas, segundo um balanço do Ministério da Saúde do Líbano. Prevê-se, todavia, que o número de vítimas aumente nas próximas horas e venha a atingir as centenas.
Desde o início da semana, as vagas de bombardeamentos de Israel sobre território libanês provocaram mais de 700 vítimas mortais.
Na plataforma de mensagens Telegram, o Tsahal indicou ter atacado, na noite de sexta-feira para sábado, edifícios civis que, na sua versão, abrigariam depósitos de armas, fábricas de munições e centros de comando do Hezbollah. O movimento veio entretanto negar as “alegações” de Telavive.
O Ministério libanês da Saúde anunciou que todos os hospitais das zonas visadas por bombardeamentos seriam evacuados, face ao que descreveu como “a agressão israelita”. Ordenou também a unidades hospitalares de outros sectores que deixassem de “receber casos não urgentes até ao fim da próxima semana, para acolher doentes de hospitais dos arredores a sul de Beirute”.Israel atacou também presumíveis posições do Hezbollah em Tiro e Bekaa, no sul e no leste do Líbano, respetivamente.
Diante da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, o primeiro-ministro israelita sustentou, na sexta-feira, que “enquanto o Hezbollah escolher o caminho da guerra Israel não terá outra escolha” que não seja bombardear o Líbano. Estas operações, acentuou Benjamin Netanyahu, vão ser levadas a cabo “até que todos os objetivos sejam atingidos”. Um eco da retórica que Telavive tem vindo a empregar, desde outubro do ano passado, quando se refere à Faixa de Gaza e ao movimento radical palestiniano Hamas.
Com a porta fechada, até ao momento, à proposta multilateral de um cessar-fogo de 21 dias, encabeçada por Estados Unidos e França, as Forças de Defesa de Israel continuam a preparar uma possível incursão terrestre no Líbano.
Numa outra frente, o exército israelita anunciou também este sábado ter abatido o número um do Hamas no sul da Síria, identificado como Ahmad Muhammad Fahd.
O conflito em curso foi desencadeado pelo ataque do Hamas contra Israel, a 7 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.205 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada nos números oficiais israelitas, incluindo os reféns mortos em Gaza.Das 251 pessoas raptadas, 97 continuam detidas em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo exército.
Em represália, Israel prometeu destruir o Hamas, no poder em Gaza desde 2007 e que considera uma organização terrorista, tal como os Estados Unidos e a União Europeia.
A ofensiva israelita em Gaza causou pelo menos 41.534 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados fiáveis pela ONU, e provocou uma catástrofe humanitária.
c/ agências
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Israel dá ordens de evacuação em Beirute e o Irão responde: "as regras do jogo mudaram"
A ordem do Exército israelita foi dada para as pessoas que estão em edifícios no sul da capital libanesa, Beirute. O aviso surge quando o presidente do Irão acusou Israel de "crime de guerra claro e inegável", por causa do ataque aéreo ao quartel-general do Hezbollah, em Beirute. Já o ministro iraniano das Relações Exteriores acusa os EUA de serem "cúmplices" dos "crimes" israelitas. Joe Biden, entretanto, deu instruções ao Pentágono para "avaliar e ajustar" a força norte-americano na região.
Após o discurso de Netanyahu nas Nações Unidas, o porta-voz do exército israelita publicou na rede social X, para o público de língua árabe, mapas a localizar vários edifícios e a alertar para as pessoas abandonarem todos os prédios num raio de 500 metros em torno dos potenciais alvos.
Israel assumiu ter como alvo três depósitos de armas do Hezbollah escondidos sob edifícios no sul de Beirute e garante que o ataque vai acontecer "dentro de pouco tempo". O Hezbollah negou a existência destes arsenais.
De acordo com o correspondente da BBC no local, os bombardeamentos no sul do Líbano já decorriam em plena madrugada de sábado no Líbano.
Num discurso transmitido pela televisão, o porta-voz das Forças Armadas de Israel (IDF) garantiu que "a força das explosões causadas pelos mísseis sob estes edifícios pode causar danos ou mesmo causar o seu colapso".
Horas depois, com zonas da capital libanesa em chamas, as IDF garantiram a morte de vários comandantes da unidade de mísseis do Hezbollah, no sul do Líbano.
Na rede Telegram, referiram a morte de Mohammed Ali Ismaïl, e do seu adjunto, Hossein Ahmed Ismaïl. "Outros comandantes do Hezbollah e terroristas foram aliminados ao mesmo tempo que eles", acrescentaram.
As IDF tinham referido horas antes que a sua aviação sobrevoava os céus vizinhos do aeroporto de Beirute, para impedir o Irão de fazer aterrar carregamentos de armas destinadas ao Hezbollah.
Estaria também a visar alvos da milícia xiita na região de Tyr, sul do Líbano.
"Muda as regras do jogo"
Do Irão surgem palavras carregadas de ameaça. A imprensa estatal iraniana cita o presidente Masoud Pezeshkian, que condenou o grande ataque da tarde de sexta-feira.
"É um crime de guerra claro e inegável que revelou mais uma vez a natureza do terrorismo de Estado do regime sionista".
Teerão denunciou ainda as "ameaças escandalosas" do primeiro-ministro israelita, na 79ª Assembleia-Geral da ONU. Benjamin Netanyahu afirmou que o seu país está "pronto" para uma guerra com o Irão, momentos antes do ataque ao quartel-general da milícia xiita, apoiada pelo Irão.
Já a embaixada do Irão no Líbano reforça a ideia ao considerar o ataque como uma “escalada perigosa e revolucionária”, “que muda as regras do jogo”, após relatos de que Israel tem na mira o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, com os mais recentes ataques.
Nasrallah terá escapado com vida, de acordo com fontes que requereram o anonimato. Nem o Hezbollah nem as IDF confirmam oficialmente essa informação.
EUA são "cúmplices"
O ministro iraniano das Relações Exteriores, citado pelas agências internacionais de notícias, já veio afirmar que os EUA são "cúmplices" dos "crimes" de Israel no Líbano e também contra o Hamas.
Abbas Araqchi acusou Israel de ter usado várias bombas anti-bunker no ataque ao quartel-general, as quais "lhe foram dadas pelos Estados Unidos".
A Casa Branca, em comunicado esta sexta-feira à noite, adianta que o presidente Joe Biden deu instruções ao Pentágono para "avaliar e ajustar conforme necessário a postura da força dos EUA" no Médio Oriente, após os ataques israelitas em Beirute, que têm como alvo o Hezbollah.
Esta semana, o comando das Forças Armadas israelitas assumiu que está a preparar a possibilidade de uma invasão terrestre no Líbano. O objetivo é eliminar as capacidades ofensivas do Hezbollah e travar o abastecimento de armas do Irão.
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Israel atinge quartel-general do Hezbollah
Israel bombardeou o quartel-general do Hezbollah, no Líbano. Desde o início da semana, os bombardeamentos israelitas já causaram causaram mais de 700 mortos.
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Antony Blinken alerta para necessidade de diplomacia no Médio Oriente
Foto: Wu Hao - EPA
Antony Blinken afirma que as escolhas que serão feitas nos próximos dias por todas as partes do conflito no Médio Oriente vão determinar o futuro da região.
O secretário de Estado norte-americano diz que o caminho a seguir passa pela diplomacia e não pelo conflito.
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Netanyahu ameaça Irão e aliados
O primeiro-ministro israelita disse que está a vencer a guerra contra o Irão e os seus aliados. Benjamin Netanyahu foi às Nações Unidas insistir no direito de atacar o Hezbollah e destruir o Hamas.