Guerrilha colombiana ELN pede reunião extraordinária com governo de Gustavo Petro

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Fontes do Governo e do grupo de guerrilha de inspiração comunista confirmaram o envio da mensagem enviada pelo ELN a Vera Grabe, líder da delegação governamental.

"Não vemos condições suficientes para prosseguir com o ciclo habitual de negociações entre a nossa delegação e os representantes do governo nacional", refere a carta expedida segunda-feira e cujo conteúdo foi compartilhado com a agência Reuters.

"Devido ao estado crítico das negociações, propomos convidar delegados dos países garantidores para essa reunião extraordinária, para que possam exercer seu papel de ajudar ambas as partes", sugere ainda o ELN, solicitando que as reuniões comecem na Venezuela a partir de 12 de abril.

Aguarda-se a resposta do executivo da Colombia.

As conversações entre o FLN e o governo colombiano foram retomadas no final de 2022 por iniciativa do presidente Gustavo Petro, incluídas no esforço de firmar acordos de paz ou de rendição com grupos armados e por fim ao conflito que dura há seis décadas no paí e que fez pelo menos 450 mil mortos.

Até agora, realizaram-se seis rondas de negociações entre o grupo guerrilheiro e o governo de Petro, que conseguiram um cessar-fogo bilateral, o compromisso do ELN de suspensão de sequestros para obter resgates de financiamento e o estabelecimento de um fundo de vários doadores para financiar o processo de paz. Estes incluem México, Noruega, Venezuela, Cuba, Brasil e Chile.

Em fevereiro, os rebeldes apontaram problemas nas negociações, mas as partes anunciaram depois uma nova ronda este mês. A FLN tem referido que cerca de 40 por cento dos seus combatentes estão dispostos a rejeitar um acordo do paz.

A Frente de Libertação Colombiana foi fundada por padres católicos radicais com cariz político-militar e tem cerca de seis mil membros, metade deles combatentes.

O grupo integra as listas de organizações terroristas dos Estados Unidos da América e da União Europeia.

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