Guimarães integra consórcio para um futuro sem emissões

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A cidade-berço integra o grupo de 49 novas cidades que aderiram à Urban Transitions Mission e apostam na transição urbana holística e centrada nas pessoas.

Guimarães é uma das 49 novas cidades a integrar a Urban Transitions Mission (UTM), reforçando o compromisso com a criação de um caminho para um futuro sem emissões.

O novo lote de cidades inclui Braga e Vila Franca de Xira, o que aumenta para quatro as portuguesas que integram este consórcio internacional que tem como objetivo a criação e teste de soluções inovadoras para uma transição urbana holística e centrada nas pessoas. Cascais é outro município.

As novas cidades do grupo terão oportunidade de estabelecer ligações, trocar ideias e conhecimentos entre si e com as restantes cidades que já estão a trabalhar com a UTM. Com o apoio dos parceiros e organizações da Aliança Global de Inovação (GIA), os municípios das cerca de 100 cidades vão receber assistência para fortalecer as suas estratégias climáticas, colaborar para a visão da neutralidade carbónica e acelerar a implementação de medidas de sustentabilidade.

As principais áreas de ação incluem: revisão dos planos de ação existentes em matéria de clima e energia para dar prioridade às iniciativas de acordo com dados e provas científicas; mediação do acesso a soluções, com o objetivo de acelerar a implementação de soluções tecnológicas, regulamentares e financeiras; identificação e eliminação da burocracia para testar e aumentar a escala da inovação, de forma a liderar a criação de soluções inovadoras; e  aceleração do acesso a financiamento dedicado a investigação e desenvolvimento e ao reforço de capacidades para desenvolver planos de investimento sólidos para as reservas de projetos existentes, em colaboração com os governos nacionais, o sector privado e as instituições mundiais, bem como com os parceiros da Missão Inovação.

Sofia Ferreira, vereadora do Ambiente e Ação Climática da cidade berço, considera que “integrar o consórcio da UTM vem reforçar ainda mais o compromisso de Guimarães com a adoção de estratégias para alcançar a neutralidade climática até 2030” e que em “cooperação com os restantes membros deste grupo, procuraremos identificar e desenvolver novas formas e benefícios de tirar proveito de energias limpas, de forma a conduzir esta transição e criar impacto em todo o mundo, rumo à transição urbana holística e centrada nas pessoas”.

O que é a Urban Transitions Mission

Lançada na COP26, a UTM corresponde ao esforço combinado do Global Covenant of Mayors for Climate & Energy (GCoM), da Comissão Europeia e da Joint Programming Initiative Urban Europe (JPI). O projeto engloba um conjunto de conceitos e conhecimentos partilhados enquadrados com a transição urbana rumo à neutralidade carbónica, com base na experiência de uma Aliança Global de Inovação (GIA) de parceiros e organizações de apoio, juntamente com a experiência em primeira mão das cidades envolvidas. Desde o início de 2023, a UTM ajudou as 48 cidades participantes a avançar no percurso de descarbonização, trabalhando para uma redução coletiva prevista equivalente a 21,6 megatoneladas de CO2.

A partir de 2024, as cidades que aderirem à UTM darão prioridade a projetos centrados nas infraestruturas energéticas, na eficiência e em ambientes de baixas emissões, a fim de criar vias para alcançar a neutralidade carbónica. Entre as novas cidades, 23 irão explorar o potencial das fontes de energia renováveis, 10 centrar-se-ão em soluções digitais e 22 irão procurar soluções integradas de emissões zero para a mobilidade. Por fim, as restantes 29 cidades irão desenvolver soluções no domínio do desenvolvimento e da regeneração urbanos, incluindo o desenvolvimento rural-urbano integrado, a utilização sustentável dos solos, a pobreza urbana e o acesso à energia como caminhos prioritários.

Até 2030, a UTM espera contar com um grupo adicional de 250 cidades, inspirando diversas regiões de todo o mundo a embarcarem nesta jornada rumo à descarbonização.

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