Há margem para consolidação em alguns ramos do sector segurador, diz Tranquilidade

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Joana Pina Pereira, Chief Distribution Officer da Tranquilidade, considera que ainda há alguma margem para consolidação em alguns ramos do sector segurador, nomeadamente para resolver questões de solvência de algumas entidades.

Joana Pina Pereira, Chief Distribution Officer da Tranquilidade, que comprou recentemente a Liberty, considera que há margem de consolidação no sector segurador, nomeadamente para resolver questões de solvência de algumas entidades que operam no mercado.

“Acho que ainda há algum espaço em alguns ramos para consolidação”, afirmou a administradora da Tranquilidade durante o pequeno-almoço de debate sobre o sector segurador, organizado esta quinta-feira pelo JE Advisory, sem detalhar que ramos é que poderão ser alvo destes movimentos.

A consolidação, referiu, pode ser necessária “por temas de solvabilidade e de solvência de algumas seguradoras no mercado”. Nesse sentido, “diria que há espaço com outras seguradoras, mas também do sector”, apontando para a mediação e para os brokers.

O tema de consolidação coloca-se também numa altura em que o sector segurador enfrenta um conjunto de desafios, nomeadamente as alterações climáticas, mas também a adaptação às novas tecnologias, como é o caso da Inteligência Artificial (IA). Joana Pina Pereira considera que ainda há um longo caminho pela frente nesta área.

“A IA vai ser fundamental para se utilizar melhor os dados e haver maior capacidade preditiva”, disse a Chief Distribution Officer da Tranquilidade.

“O mais imediato é aquele que tem sido muito usado nas empresas”, que é a “aplicação em tudo o que é eficiência operacional”, referiu ainda Joana Pina Pereira, com um foco “em modelos inteligentes de vendas”. Mas, considera, o sector segurador ainda está numa fase muito embrionária na utilização da IA.

“Todos temos as aplicações mais óbvias, mas quando se trata da gestão além do negócio mais imediato ainda temos bastante a aprender. Julgo que ainda temos um longo caminho a percorrer nesta área”, disse.

Sobre a segurança de dados dos clientes, que também são trabalhados com recurso à IA, a administrador da Tranquilidade afasta que haja riscos neste campo. “Em Portugal já tínhamos uma prática bastante cerrada, com a aplicação mais restrita do RGPD”, havendo um “longo histórico de tratamento de dados de forma mais cuidada”. Nesse sentido, é um “tema que, por defeito, está completamente endereçado”, concluiu.

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