Habitação é a despesa que mais pesa na carteira dos estudantes universitários deslocados

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Segundo um inquérito realizado pela Federação Académica do Porto, a habitação assume-se como a despesa mensal que mais pesa nas contas dos estudantes Cerca de 35% dos inquiridos revelaram que gastam entre 200 euros a 300 euros por mês em habitação e 40% gasta mais de 300 euros mensais.

Os custos com a alimentação e habitação são as principais despesas dos estudantes universitários do Porto. Segundo um estudo da Federação Académica do Porto (FAP), estas despesas juntamente com o custo da propina fazem com que 46% dos inquiridos ponderem interromper o ensino superior.

A habitação assume-se como a despesa mensal que mais pesa nas contas dos 335 estudantes deslocados que participaram no inquérito. Cerca de 35% dos inquiridos revelaram que gastam entre 200 euros a 300 euros por mês em habitação e 40% gasta mais de 300 euros mensais. A alimentação é a segunda despesa com maior significado, com 72% dos estudantes a afirmarem que gastam mais de 100 euros.

A propina é outra das despesas para os estudantes, no entanto, e de acordo com as respostas dos 775 alunos, a propina representa um esforço mensal inferior a 100 euros. O estudo revela que 14% dos estudantes de licenciatura afirma despender mais em mobilidade e transportes do que na prestação de propinas.

O presidente da FAP afirma que a nível de habitação o próximo “Governo tem de ter sentido de urgência na concretização do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior pois só assim poderemos conquistar um Ensino Superior equitativo”.

Segundo os dados recolhidos o inquérito, metade dos inquiridos revela que pondera imigrar após a conclusão do Ensino Superior, e apenas 17% declara que não pretende emigrar. A área de direito é a que regista menos estudantes a ponderar emigrar.

O presidente da FAP afirma que “o poder de compra dos graduados caiu 30% em 10 anos, saímos de casa dos nossos pais, em média, aos 30 anos e 30% dos jovens nascidos em Portugal vivem no estrangeiro. O número 30 é a prova de que vivemos pior do que a geração anterior. É, por isso, imperativo um desígnio nacional pela juventude no próximo Governo. A Secretaria de Estado da Juventude deve estar sob tutela do primeiro-ministro”.

A maioria dos estudantes, 53%, espera alcançar condições para arrendar ou adquiri habitação entre os 26 e os 29 anos, no entanto 24% acredita que a independência financeira só será possível depois dos 30 anos.

Um fator que ajuda a perceber esta realidade é o facto de um terço dos estudantes acreditar que o seu primeiro salário será inferior a mil euros.

O inquérito foi realizado numa altura em que se aproximam as eleições legislativas, e teve como intuito conhecer a perceção dos estudantes sobre a igualdade de oportunidades, a eficácia do modelo de ensino e as perspetivas de emancipação, após a conclusão do Ensino Superior.

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