'Hacker' norte-coreano acusado de ciberataques a hospitais dos EUA

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Um grande júri em Kansas City, no Kansas, indiciou Rim Jong Hyok, acusado de branqueamento de capitais e de utilizar o dinheiro para financiar ciberataques a entidades de defesa, tecnologia e governamentais em todo o mundo.

O ataque contra hospitais norte-americanos e outros prestadores de cuidados de saúde interrompeu o tratamento dos doentes, realçaram as autoridades norte-americanas.

"Embora a Coreia do Norte utilize estes tipos de crimes cibernéticos para contornar sanções internacionais e financiar as suas ambições políticas e militares, o impacto destes atos desenfreados tem um impacto direto sobre os cidadãos do Kansas", sublinhou Stephen A. Cyrus, agente do FBI (polícia federal) sediado em Cidade de Kansas.

Responsáveis do Departamento de Justiça norte-americano sublinharam que o ataque a um hospital do Kansas, que não identificaram, aconteceu em maio de 2021, quando 'hackers' encriptaram os ficheiros e servidores do centro médico.

O hospital pagou cerca de 100.000 dólares (cerca de 92.000 euros, à taxa de câmbio atual) em Bitcoin para recuperar os seus dados.

A justiça norte-americana garantiu que recuperou o resgate, bem como o pagamento de um prestador de cuidados de saúde do Colorado afetado pela mesma variante do 'ransomware' Maui.

O Departamento de Justiça abriu vários processos criminais relacionados com 'hackers' norte-coreanos nos últimos anos, alegando frequentemente uma motivação com fins lucrativos que diferencia a atividade da dos hackers na Rússia e na China.

Em 2021, o departamento acusou três programadores informáticos norte-coreanos por uma vasta gama de piratarias globais, incluindo um ataque destrutivo contra um estúdio de cinema norte-americano e pela tentativa de roubo e extorsão de mais de 1,3 mil milhões de dólares aos bancos e às empresas.

Os investigadores disseram que Hyok é membro de uma agência de inteligência militar do governo norte-coreano e que terá conspirado para utilizar 'ransomware' para realizar ataques de espionagem cibernética contra hospitais norte-americanos e outras entidades governamentais e tecnológicas na Coreia do Sul e na China.

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