Hamas acusa Israel de mentir sobre "pausas táticas" no sul de Gaza

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"Falar de uma pausa tática na guerra é uma mentira israelita", declarou o gabinete de imprensa das autoridades de Gaza.

A decisão foi anunciada no domingo pelos militares israelitas mas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse não ter sido informado previamente.

As autoridades do enclave apelaram à abertura da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, cujo lado palestiniano foi tomado a 07 de maio pelo Exército israelita, que suspendeu as operações humanitárias na zona.

"A destruição da passagem de Rafah faz parte dos crimes (de Israel) na Faixa de Gaza", sublinharam as autoridades controladas pelo Hamas, acrescentando que "a situação no norte do enclave é trágica devido à escassez de alimentos e medicamentos".

"Exigimos que os criminosos da ocupação, incluindo os dirigentes políticos e os militares, sejam julgados", declarou o gabinete de imprensa das autoridades de Gaza frisando que "mais de 16 mil crianças" foram mortas na ofensiva.

A declaração, citada pelo jornal palestiniano Filastin, ligado ao Hamas, ocorre depois de Benjamin Netanyahu ter afirmado domingo que não tinha sido informado sobre a anunciada "pausa tática" do Exército.

Fontes militares, que falaram sob anonimato, disseram ao Canal 13 da televisão israelita que a medida se destinava a reforçar a posição de Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça, que exigiu o fim da ofensiva contra Rafah, permitindo a distribuição de ajuda humanitária.

Entretanto, o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, declarou nas redes sociais que esta "pausa" - onze horas sem bombardeamentos numa estrada que parte de Kerem Shalom, perto da fronteira entre Gaza e o Egito, em direção ao hospital de Khan Younis - não tem qualquer impacto no decorrer das operações militares na zona.

A campanha de grande escala das forças israelitas contra Gaza foi projetada após o ataque do Hamas contra Israel a 07 de outubro do ano passado em que morreram 1.200 pessoas.

A ofensiva Israelita contra Gaza já fez mais de 37 mil mortos, segundo o Hamas. 

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