Hamas avisa que ofensiva em Rafah ignora reféns e ameaça civis

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Em comunicado, o Hamas declarou que Israel se preparava para lançar a sua ofensiva "sem ter em conta a catástrofe humanitária em curso na Faixa de Gaza nem o destino dos prisioneiros", detidos desde o seu rapto em 07 de outubro no sul de Israel.

Segundo as autoridades israelitas, cerca de 130 reféns, incluindo alguns mortos, continuam retidos no enclave palestiniano.

O exército israelita apelou nas últimas horas aos palestinianos para que abandonem "imediatamente" os bairros da parte oriental da cidade de Rafah (sul de Gaza), junto à fronteira com o Egito, perante a iminência de uma ofensiva em que as tropas de Telavive irão "usar força extrema contra organizações terroristas" em zonas residenciais.

As autoridades israelitas disseram que a operação envolveria cerca de 100 mil pessoas e argumentam que as últimas unidades ativas do grupo extremista Hamas estão em Rafah.

A comunidade internacional opõe-se firmemente a esta operação, para a qual as autoridades israelitas alertaram há várias semanas, uma vez que a cidade serve de refúgio a cerca de 1,4 milhões de palestinianos que fugiram de outras zonas do enclave, alvo de uma ofensiva israelita desde outubro de 2023.

Os Estados Unidos também manifestaram relutância em relação ao plano israelita, considerando que não havia uma forma segura de levar a cabo esta campanha de retirada, embora não tenham comentado o novo anúncio de Telavive.

O conflito atual foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, com Israel a responder com uma ofensiva que já provocou cerca de 35 mil mortos, segundo balanços das duas partes.

O Hamas controla o pequeno enclave palestiniano com 2,4 milhões de habitantes desde 2007.

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