Holandês morre em hospital de São Paulo duas semanas após ser espancado durante assalto

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O cidadão holandês Hessel Hoeskstra, de 58 anos, morreu no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, duas semanas depois de ter sido brutalmente espancado por criminosos durante um assalto no centro daquela cidade brasileira. Mesmo estando num dos mais conceituados hospitais particulares da capital paulista, Hessel não resistiu aos graves ferimentos provocados pelos assaltantes.

Hessel, que estava temporariamente no Brasil para realizar um trabalho para o qual fora convidado por uma empresa, foi assaltado na Ladeira da Constituição, na região da Rua 25 de Março, famosa pelo comércio popular, na área histórica do centro de São Paulo. Aproveitando um momento de folga há duas semanas atrás, Hessel e um amigo, também holandês, foram passear na área, recheada de casarões e palacetes históricos mas famosa também pela violência, o que eles provavelmente ignoravam.

Imagens de câmaras de videovigilância da rua e de imóveis mostram o momento em que os dois estrangeiros são cercados por um grupo de homens, que, mesmo antes de anunciarem o assalto, já os agridem. Hessel foi violentamente agredido no rosto e na cabeça, caiu e bateu com a cabeça na calçada, o que lhe provocou um traumatismo craniano grave.

Ao verem Hessel desmaiado e sangrando da cabeça, os ladrões fugiram, aparentemente, pelas imagens já recolhidas, sem levarem nada, e o colega do ferido conseguiu pedir ajuda. Apavorado com a brutalidade que presenciou e de que quase também foi vítima, o amigo de Hessel largou o emprego e voltou para a Holanda.

A polícia está a tentar melhorar e ampliar o número de imagens para tentar identificar os ladrões, que fazem parte do chamado "Gang da Correntinha". Na verdade, não é um gang mas muitos, que assaltam diariamente várias pessoas na região central de São Paulo, muitas vezes a poucos metros de agentes da polícia. As autoridades não conseguem evitar o crime tal a ousadia e a rapidez dos assaltantes. Esses ladrões agem em grupos numerosos formados por homens adultos e por menores, chegam de repente nem se percebe de onde, cercam a vítima e começam a agredi-la brutalmente mesmo sem qualquer esboço de reação, e levam tudo o que podem arrrancar dela em poucos segundos, principalmente as "correntinhas", como no Brasil se chama aos fios de ouro que se usam no pescoço, de onde vem o nome dos gangs.

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