Homem no Arizona acusado de incitar a ataque terrorista na Austrália

9 meses atrás 92

Um homem norte-americano foi detido no estado do Arizona, no passado dia 1 de dezembro, depois de uma investigação pelas autoridades dos EUA e da Austrália ter concluído que o suspeito será responsável por um ataque extremista religioso na região australiana de Queensland, que fez seis mortos.

O ataque ocorreu em dezembro de 2022, quando três pessoas levaram a cabo um tiroteio perto de Brisbane, matando dois agentes da polícia local. Os agentes, identificados como Matthew Arnaold e Rachel McCrow, tinha sido chamados ao local dos homicídios após um alerta de um alegado desaparecimento, tendo sido recebidos com tiros.

Os três atacantes - Gareth, Stacey e Nathaniel Train, três familiares - trocaram depois tiros com a força policial durante várias horas, acabando por ser mortos. Um vizinho de 58 anos foi também morto pelo grupo.

Na terça-feira, as autoridades norte-americanos e australianos revelaram que o suspeito detido, de 58 anos, terá incitado o tiroteio, partilhando mensagens de teorias extremistas cristãs com duas das três pessoas envolvidas no ataque.

"Sabemos que os atacantes executaram um ataque terrorista motivado por religião em Queensland. Eles eram motivados por uma ideologia extremista cristã e subscreviam a uma teoria fundamentalista cristã conhecida como 'quiliasmo'", disse Cheryl Scanlon, da polícia de Queensland, citada pela NBC News. O 'quiliasmo' (premillennialism', na descrição em inglês) é uma crença que se baseia na ideia de que Jesus Cristo voltará à Terra e trará uma paz que durará literalmente mil anos.

A polícia explicou que o suspeito trocou "repetidamente" mensagens com Gareth e Stacey Train sobre essa teoria, entre maio de 2021 e dezembro de 2022, partilhando ideias de ataques contra etnias diferentes e que o grupo considerava inferiores. Gareth Train começou a seguir o canal de Youtube do suspeito a partir de maio de 2020, no qual o homem promovia essas ideias.

A detenção surgiu após um esforço conjunto pelas autoridades de ambos os países. O FBI, a polícia federal norte-americana, acrescentou que ainda está a ser analisado o motivo do suspeito.

Segundo a NBC News, o indivíduo, que não foi identificado, enfrenta uma pena de cinco anos de prisão se for considerado culpado.

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