IA ajuda a prever a evolução de incêndios florestais com maior precisão

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A forma como os incêndios florestais se propagam apanha muitas vezes as equipas de resposta desprevenidas e esse rumo errático dificulta o controlo dos fogos. Agora, uma equipa de investigadores norte-americanos desenvolveu um modelo que usa inteligência artificial, em combinação com dados recolhidos por satélites, para melhorar a precisão da previsão de trajetória dos incêndios e para ajudar na capacidade de resposta.

Nos Estados Unidos, a época de incêndios tem dado muitas ‘dores de cabeça’ às autoridades, com múltiplas frentes ativas e uma combinação perigosa de tempo seco, ventos e muito calor. Na Califórnia, a situação é particularmente crítica, levando os investigadores locais a usar tecnologia para ajudar.

Citado em comunicado, Bryan Shaddy, estudante de doutoramento no Departamento de Engenharia Aeroespacial e Mecânica da USC e um dos autores do estudo, explica que “este modelo representa um passo importante na nossa capacidade de combater incêndios”. “Ao oferecer dados mais precisos, as nossas ferramentas exponenciam os esforços dos bombeiros e das equipas de resposta a trabalhar nas linhas da frente”, realça.

A equipa começou por recolher dados de incêndios anteriores, retratados em imagens de satélite em alta resolução. De seguida, os investigadores analisaram como cada fogo começou, como se espalhou e como foi eventualmente contido. A análise mostrou depois padrões que influenciam a resposta aos incêndios, incluindo questões como clima, combustível (como árvores ou arbustos) e terreno.

O modelo cWGAN (de conditional Wasserstein Generative Adversarial Network) foi alimentado com estes fatores e como condicionam a evolução dos incêndios, com o sistema a reconhecer padrões e a conseguir realizar previsões.

Os investigadores usaram depois o algoritmo para modelar o comportamento dos incêndios florestais na Califórnia entre 2020 e 2022: “ao estudar como os incêndios passados se comportaram, podemos criar um modelo que antecipa como os fogos futuros se vão espalhar”, afirma Assad Oberai, professor de Engenharia Aeroespacial e Mecânica na USC e co-autor do estudo.

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