IAG foi único potencial interessado na compra que melhorou resultados até março

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O IAG foi o único dos três grupos de aviação europeus potencialmente interessados na privatização da TAP que melhorou os resultados no primeiro trimestre, com prejuízo de quatro milhões de euros, enquanto Air France-KLM e Lufthansa agravaram perdas.

O grupo IAG, que detém a British Airways, a Iberia, a Vueling, a Aer Lingus e a Level, comunicou um prejuízo de quatro milhões de euros entre janeiro e março, face aos 87 milhões negativos registados no mesmo período de 2023, praticamente regressando a um equilíbrio no primeiro trimestre, que é tradicionalmente o mais fraco do ano para as companhias aéreas.

Já a Air France-KLM, informou, no final de abril, que os prejuízos naquele período ascenderam a 480 milhões de euros, quase triplicando o resultado negativo registado no mesmo trimestre de 2023, apesar do aumento do volume de negócios e de passageiros transportados.

Na conferência após a divulgação dos resultados, o grupo franco-neerlandês justificou os resultados com o mau tempo que se tem verificado no Aeroporto de Amesterdão-Schiphol, o principal dos Países Baixos e um dos principais da Europa, e também com as tensões geopolíticas.

Na mesma ocasião, o presidente executivo do grupo, Ben Smith, disse que uma posição minoritária na TAP "poderia ser interessante", se se alinhar com os seus objetivos, mas considerou especulativo avançar mais informações enquanto aguarda para perceber as condições do novo Governo.

O presidente executivo disse também que ainda não houve conversas com o novo Governo liderado por Luís Montenegro e que, "quando surgir oportunidade" e "se fizer sentido", o farão.

Já o grupo Lufthansa reportou na mesma altura um prejuízo de 734 milhões de euros no primeiro trimestre, face aos resultados negativos de 467 milhões no mesmo período de 2023.

A empresa destacou que as greves na Alemanha durante o primeiro trimestre, que foram constantes, tanto entre os trabalhadores do grupo como entre os trabalhadores dos seus parceiros, tiveram um impacto negativo nos seus resultados de cerca de 350 milhões.

Os três grandes grupos europeus de aviação - Air France-KLM, Lufthansa e IAG - manifestaram interesse no negócio da TAP, após o anterior Governo ter anunciado, em 28 de setembro, a intenção de alienar pelo menos 51% do capital da TAP, reservando até 5% aos trabalhadores, e de querer aprovar em Conselho de Ministros até ao final do ano passado, ou "o mais tardar" no início de 2024, o caderno de encargos da privatização.

O executivo liderado por António Costa esperava ter a operação concluída ainda no primeiro semestre deste ano, mas não contava com a dissolução do parlamento e convocação de eleições legislativas antecipadas, em março, que deram a vitória à Aliança Democrática (PSD, CDS-PP E PPM).

Hoje, a TAP comunicou prejuízos de 71,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um agravamento face ao resultado líquido negativo de 57,4 milhões registado no mesmo período do ano passado.

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