IAG recupera no primeiro trimestre mas ainda não saiu dos prejuízos

1 semana atrás 28

O grupo criado como resultado da fusão das companhias aéreas British Airways e Iberia afirma que está bem posicionada para garantir um verão com forte volume de negócios. No final do trimestre, os prejuízos forma de quatro milhões, muito longe dos 87 milhões do ano passado.

O International Airlines Group (IAG) anunciou “fortes resultados” no final do primeiro trimestre de 2024: “a forte procura das nossas companhias aéreas gerou maior receita e o aumento dos lucros operacionais no primeiro trimestre de 2024”, que “atingiu o valor excecional de 68 milhões de euros, face aos nove milhões registados no período homólogo do ano passadio, refere a companhia em comunicado.

O volume de negócios atingiu os 6,43 mil milhões de euros, um crescimento de 9% em relação aos 5,9 mil milhões registados nos primeiros três meses do ano passado. Mesmo assim, a empresa registou prejuízo após impostos no primeiro trimestre de quatro milhões de euros – uma recuperação face aos 87 milhões negativos apresentados no final do primeiro trimestre de 2023. A dívida líquida reduziu no trimestre para 7,4 mil milhões de euros (a 31 de dezembro de 2023 era de 9,2 mil milhões e a 31 de março de 2023 de 8,4 mil milhões).

Por outro, refere ainda o grupo em comunicado, “continuámos a investir nos nossos principais mercados, com crescimento de 7% na capacidade de transporte de passageiros face ao primeiro trimestre de 2023”. “Os custos unitários no trimestre ficaram dentro do esperado e refletem o investimento planeado para procurar eficiência operacional, bem como o impacto anualizado dos acordos de pagamento em 2023”.

Luis Gallego, CEO do IAG, disse, citado pelo comunicado, que “as nossas iniciativas de transformação e aumento da procura, inclusive durante o feriado de Páscoa, alavancaram mais um conjunto muito bom de resultados com melhorias tanto na receita como no lucro operacional. O nosso grupo beneficia da força dos nossos principais mercados – Atlântico Norte, Atlântico Sul e intra-Europa – e do desempenho das nossas marcas. O investimento em transformação em todo o grupo está a proporcionar melhorias na pontualidade e na experiência do cliente”.

Para o responsável operacional da companhia, o grupo está assim “bem posicionados para o verão. A alta procura de viagens é uma tendência contínua.”

A receita por lugar de passageiro por quilómetro disponível (ASK) no primeiro trimestre foi 4,4% maior do que no primeiro trimestre de 2023, “graças ao benefício da Páscoa e de uma forte recuperação contínua do tráfego de lazer, com o tráfego empresarial a recuperar mais lentamente”. “Os custos unitários sem combustíveis aumentaram 3,7% face ao primeiro trimestre de 2023, impulsionados pelos investimentos no negócio e pelo impacto dos acordos salariais acordados ao longo de 2023”, refere o comunicado do grupo. O custo unitário do combustível caiu 4,9% em relação ao primeiro trimestre de 2023, dados os menores preços médios efetivos e aos benefícios das aeronaves mais eficientes.

O IAG aumentou a capacidade para a região do Atlântico Norte em 0,6% no primeiro trimestre, com crescimento da Aer Lingus, British Airways e Iberia. A receita unitária cresceu 6,5% com boa procura nos segmentos de negócios e lazer. O grupo continuou a investir na região da América Latina e Caraíbas, principalmente através da Iberia, mas também adicionando capacidade na British Airways e na LEVEL. Já “o crescimento da nossa capacidade para a Europa foi de 9% no primeiro trimestre, com crescimento em particular na Aer Lingus, British Airways e Iberia. A procura contínua de viagens entre as principais cidades europeias em todas as nossas companhias aéreas, em particular para lazer, proporcionou um crescimento da receita unitária de 5,7%”.

O crescimento da capacidade “na nossa região doméstica (Espanha e Reino Unido) foi de 6,5% no primeiro trimestre, principalmente em Espanha através da Iberia e da Vueling. Tal como no resto da Europa, a procura robusta por viagens e o fim de semana da Páscoa apoiaram um aumento de receita unitária de 6,9%”.

“O resto do mundo é atualmente mais desafiador. A capacidade para a região da África, Médio Oriente e Sul da Ásia aumentou 0,4% e as receitas unitárias diminuíram 3,4%. Em particular, o conflito no Médio Oriente afetou os voos da maioria das nossas companhias aéreas para a região. A nossa capacidade para a região Ásia-Pacífico, apenas 3,7% da capacidade do nosso grupo, aumentou 43,4%, refletindo principalmente a anualização da restauração de rotas da British Airways em 2023. Esse grande aumento de capacidade levou a uma queda de receita unitária de 12,6% no trimestre”.

Ler artigo completo