Idles em entrevista: “Estamos felizes por o concerto do Porto ser o primeiro da digressão: este público já está pronto”

6 meses atrás 46

Muito mudou desde a primeira vez que, há seis anos, os Idles tocaram em Portugal pela primeira vez. Em 2018, a banda de Bristol aterrava no nosso país para uma estreia tripartida: no festival Primavera Sound, em junho, e no Hard Club, no Porto, e no Lisboa ao Vivo, em novembro. A cada visita, a sua popularidade foi crescendo, e no próximo dia 29 de fevereiro os britânicos darão começo à digressão europeia com um espetáculo no Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Numa entrevista por vídeochamada, o guitarrista e produtor conversou longamente com a BLITZ sobre a procura de um novo som, no álbum “Tangk”, que acaba de chegar às lojas, abordando também a relação próxima que o quinteto tem com os seus fãs ou os segredos de hinos como ‘Never Fight a Man With a Perm’: "Estávamos a brincar com os sons e o Joe [Talbot, vocalista] disse: ‘quero uma faca! O som de uma faca!"' Então comecei a tocar como se estivesse a esfaquear a guitarra." E nem o fado ficou de fora da entrevista com um músico “instintivo”, que prefere não pensar muito no som do seu instrumento, para não se esquecer de como o obtém.

É verdade que este disco começou a nascer quando se reuniu, a sós, com Nigel Godrich, o ‘obreiro’ dos Radiohead pós-"The Bends"?

Nós começámos a trabalhar neste novo disco mal acabámos o anterior, “Crawler”. Mas já tínhamos feito as Basement Sessions com o Nigel Godrich, e como eu fiquei bastante impressionado com a forma como ele abordou as nossas canções, do “Crawler”, pareceu-nos que seria boa ideia trabalharmos juntos. Neste álbum, queríamos seguir uma abordagem diferente. Em vez de deixarmos a escrita influenciar a produção, quisemos que fosse a produção a influenciar a escrita. Por isso tudo passou por procurar novas abordagens, experimentar sons diferentes e outras maneiras de gravar, de forma a podermos escrever a partir dessa base. Às vezes éramos nós que encontrávamos um sample, ou então usávamos loops e texturas para criar sons e palavras sobre os quais, depois, iríamos escrever canções. O Nigel foi essencial para permitir que isso acontecesse.

Artigo Exclusivo para subscritores

Subscreva já por apenas 1,54€ por semana.

Já é Subscritor?

Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Ler artigo completo