O Ministério Público (MP) de Parma, no norte de Itália, apresentou, esta segunda-feira, um recurso contra a decisão de um tribunal que decretou prisão domiciliária para Chiara Petrolini, uma jovem estudante de 22 anos acusada de enterrar dois bebés recém-nascidos no jardim da sua casa.
Segundo a publicação italiana La Repubblica, o MP pediu que a jovem passe a ser acusada de profanação de cadáver, em vez de ocultação, e que fique em prisão preventiva por um crime de homicídio e dois de profanação de cadáver.
Em causa, sublinhe-se, está a descoberta de dois corpos de recém-nascidos no jardim de uma habitação em Parma. O primeiro corpo foi encontrado em agosto por um cão da família, o que desencadeou uma investigação e levou à descoberta do segundo corpo, que terá sido enterrado em maio de 2023.
De acordo com a investigação, Chiara Petrolini escondeu as duas gravidezes da família e do pai dos bebés. Está agora a ser investigada pelo homicídio do primeiro corpo encontrado, uma vez que os restos mortais do segundo bebé ainda estão a ser alvo de exames para determinar a causa da morte.
As autoridades acreditam que a jovem, estudante de Direito, agiu sozinha, mas não descartam a possibilidade de haver mais envolvidos. Citado pelo jornal italiano Il Messaggero, o juiz Luca Agostini, que decretou prisão domiciliária, descreveu Chiara como uma pessoa fria e distante.
Nas palavras do juiz, Chiara demonstrou "desprezo pela vida humana", com um risco real de voltar a cometer crimes semelhantes se for deixada em liberdade.
A investigação aponta que, após enterrar os bebés, continuou a sua vida normal. No primeiro caso, foi à esteticista e a uma discoteca. No segundo, viajou para Nova Iorque, nos Estados Unidos, com os pais, apenas dois dias depois.
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