«Igualdade não é que a voz de uma mulher valha mais que a de um homem»

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Suspenso de funções pela FIFA, Luis Rubiales defendeu-se das acusações de assédio sexual e abordou também temas como a igualdade de género.

«Queriam a cabeça de Jorge Vilda [ex-selecionador espanhol], então como não dei vieram a público dizer que foi uma vingança. A Jenni [Hermoso] disse que eu a pressionei depois do beijo. Ela sabe que está a mentir. Há gente que a apoia, porque estão dentro e têm medo», disse em conversa com o jornalista Alvise Pérez.

«A demagogia está a ganhar. Por exemplo, o tema da igualdade. Temos de trabalhar para que mais mulheres acedam a cargos? Sim, mas não havia nenhuma mulher como vice-presidente da RFEF até à minha chegada. Temos de trabalhar para que aqueles que maltratam sejam condenados? Sim, mas também para que as falsas denuncias não voltem a ocorrer. A igualdade não é que a voz de uma mulher valha mais que a de um homem, nem o contrário», reforçou.

Nesta entrevista, Rubiales apontou o dedo a influências políticas no seu afastamento, em referência às negociações da amnistia do PSOE a vários independentistas da Catalunha.

«O meu caso, durante dois ou três meses, pode ser explicado para justificar que se falasse pouco de outras coisas que se estavam a passar e que eram bem mais importantes».

«Para mim, isso foi um golpe na separação de poderes. Um estado democrático tem como principal base a separação de poderes e não se pode permitir a estes luxos de inverter isso perante um determinado presidente indo contra o seu próprio país», afirmou.