Imaculado Banza

9 meses atrás 49

Sem muita arte, mas com engenho. O Braga venceu em Vizela por 3-1, num jogo que parecia controlado, mas em que foi preciso sofrer até ao final frente à alma vizelense. Banza foi figura imaculada num feriado que poderia denominar-se de Imaculado Simon. Essende ainda assustou, mas um erro de Jardel, já com o guarda-redes na área adversária, deu o terceiro ao Braga, para consolidar a vitória.

No feriado, Banza não tirou férias

Em feriado da Imaculada Conceição, mais um duelo de minhotos. Vizela e Braga encontraram-se, vindas de momentos bem diferentes. Os vizelenses, depois de perderem no terreno do lanterna vermelha Chaves, mudaram duas peças na equipa inicial. Bruno Wilson - expulso no final do jogo - e Lacava - em compromissos com a seleção - deram o lugar a Lebedenko e Matheus Pereira. Já Artur Jorge, depois da remontada caseira diante do Estoril, mudou três homens no onze. Zalazar, Paulo Oliveira e Joe Mendes entraram para os lugares de Moutinho, Fonte e Victor Goméz.

@Catarina Morais / Kapta +

Dado o pontapé inicial no derby, foram os vizelenses os primeiros a dar sinal de perigo. Tomás Silva obrigou Matheus a uma defesa esforçada, depois de um remate cruzado da direita. De seguida, depois de um lance bem trabalhado pela ofensiva de Rainha ao Peito, foi o peito de Serdar a negar o golo inaugural aos da casa. Juntando ao infortúnio das oportunidades falhadas, chegaram as lesões. Nuno Moreira magoou-se e deu lugar a Jardel. Corriam 15 minutos de jogo. 

O Braga reagiu e, ao contrário do que aconteceu no último jogo - e na época no geral -, marcou na primeira oportunidade que teve no jogo. Joe Mendes cavalgou pela direita e serviu Banza para o tento inaugural. O goleador-mor do campeonato antecipou-se a Buntic e chegou ao 12º golo na Liga.

O Vizela não baixou com o golo sofrido e manteve-se fiel ao plano de jogo que havia implementado desde o início. A sair a jogar desde os centrais, com Essende a ser referência em apoio para os médios, que tentavam pautar o jogo desde uma zona mais avançada no terreno. O Braga, sem nunca estar totalmente confortável na partida, foi aproveitando perdas de bola do Vizela em zona recuada para atacar. Ricardo Horta foi solução na meia esquerda, mas o maior perigo surgiu pela direita - com a dupla Joe Mendes e Djaló. 

Até ao fim do primeiro tempo, tudo nivelado. A espaços, as equipas foram tendo rasgos de qualidade, mas sem tirar proveito. 

Sofrer até ao fim

À entrada para o segundo tempo, Artur Jorge lançou Bruma para o lugar de Álvaro Djaló, transladando Horta para o corredor direito. No começo, a mexida não alterou o que até havia sido o jogo. O Vizela teve a primeira oportunidade clara da metade complementar, com Tomás Silva a obrigar Matheus a uma dupla intervenção. 

O Vizela falhou, o Braga aproveitou. Zalazar cruzou da esquerda e o suspeito do costume, Simon Banza, bisou na partida com um cabeceamento potente. O golo deu tranquilidade aos bracarenses que, finalmente, pareciam confortáveis no jogo. Com mais posse, até no meio campo ofensivo, os Gverreiros tiveram nos pés de Ricardo Horta o terceiro (isolou-se do meio-campo), mas o internacional português atirou ao lado.

Como já é seu apanágio, o Vizela não deu o jogo por perdido e, mesmo depois de dez minutos de total tranquilidade bracarense, os da casa partiram à procura de reduzir a desvantagem. Paulo Oliveira tirou o pão da boca a Essende, que já tinha a baliza aberta. Desse lance, resultou um canto e Essende subiu ao terceiro ao segundo andar, antecipando-se a Matheus para colocar a bola dentro da baliza bracarense.

O golo galvanizou o público e a equipa do Vizela obrigou o Braga a algumas cautelas na parte final. Essende foi sempre o homem em foco pelos companheiros que, quer através de cruzamentos, quer em bolas nas costas tentavam fazer chegar a bola ao goleador vizelense. Já no desespero, e com Buntic na área, o Braga fechou a contagem. Jardel (infantil) perdeu a bola e Bruma, ainda longe da baliza, passou a bola ao fundo das redes.

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