Incêndio em Atenas sem frentes ativas mas com "pontos críticos dispersos"

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Foto: Alexandros Avramidis - Reuters

O ministro grego da Crise Climática e Proteção Civil, Vassilis Kikilia, adiantou esta terça-feira que o incêndio de grandes proporções que lavra desde domingo nos arredores de Atenas já não tem qualquer frente ativa mas continua com alguns pontos críticos. As autoridades gregas confirmaram entretanto que o incêndio já provocou pelo menos uma vítima mortal. Mais de 60 pessoas ficaram feridas, incluindo cinco bombeiros.

Ao terceiro dia de combate às chamas, foi encontrada a primeira vítima mortal em Halandri, perto de Atenas. Trata-se de uma mulher de 60 anos, de origem moldava, cujo corpo foi encontrado numa fábrica consumida pelas chamas.

Houve ainda registo de 66 feridos na sequência deste incêndio, incluindo cinco bombeiros, na sequência daquele que já é considerado o pior incêndio florestal do ano na Grécia e que começou no último domingo perto de Varnava, a cerca de 40 quilómetros norte de Atenas.

Na segunda-feira, os ventos fortes e as altas temperaturas levaram as chamas rapidamente para sul, na direção de capital grega, o que levou à evacuação de várias localidades e de três hospitais, por questões de segurança. Mais de 40 mil pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas.
Em declarações à televisão pública ERT, o presidente da Câmara de Halandri, Simos Roussos, afirmou ter visto cerca de dez casas destruídas pelas chamas.


Com o agravar da situação, a Grécia ativou na segunda-feira o mecanismo de proteção civil da União Europeia. Itália, França, Roménia e República Checa foram alguns dos países que já garantiram o envio de reforços para ajudar no combate às chamas.

Já esta terça-feira, o ministro grego para a Crise Climática e Proteção Civil dava conta de uma situação mais calma em Atenas. “Quarenta horas depois de ter deflagrado em Varnava um incêndio extremamente perigoso, podemos dizer neste momento que não existe nenhuma frente ativa, apenas pontos críticos dispersos”, afirmou Vassilis Kikilias, citado pelo jornal The Guardian.

“Durante estas 40 horas, 702 bombeiros, apoiados por 27 equipas de comandos florestais, 199 veículos e 35 meios aéreos (…) combateram o incêndio no nordeste da Ática [região que engloba Atenas] com um esforço sobre-humano”, acrescentou.

O jornal grego Ekathimerini escreve esta terça-feira que a diminuição dos ventos fortes nas últimas horas oferece alguma esperança para este combate às chamas.

No entanto, com uma temperatura de 38 graus Celsius prevista hoje para Atenas, os bombeiros vão continuar alerta e no combate às chamas.

“Há melhorias em toda a frente”, disse Costas Tsigkas, um dos responsáveis dos bombeiros, à ERT na manhã de terça-feira. “Mas as condições vão continuar difíceis. Haverá vento a partir do meio-dia” e “cada hora que passa será mais difícil”, alertou.


Para ajudar a combater um possível agravamento da situação, chega ao terreno esta terça-feira o apoio enviado por vários países europeus após o pedido de assistência das autoridades gregas. França, Itália, República Checa, Roménia, Sérvia e Turquia enviaram, em conjunto, mais 300 bombeiros, meios aéreos e terrestres
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