Incubadora tecnológica do Estoril abre em março após investimento de três milhões de euros

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O CIBT – Centro de Incubação de Base Tecnológica é cofinanciado pela União Europeia, tem 1.200 m² e localiza-se no campus da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. A abertura ocorre um ano depois do previsto no calendário.

O NEST – Centro de Inovação do Turismo está prestes a inaugurar um novo espaço de cowork e incubação de empresas no Estoril, no município de Cascais. O CIBT – Centro de Incubação de Base Tecnológica envolveu um investimento superior a três milhões de euros e ficará instalado no campus onde se localiza a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.

O CIBT tem 1.200 m² e abre no próximo mês de março, cerca de um ano depois do previsto. Ao investimento aprovado, de 2,8 milhões de euros, juntou-se um apoio de fundos europeus, mais precisamente 1,1 milhões de euros do FEDER (Programa Lisboa 2020).

“Vamos ter possibilidade de receber empresas. Estamos a ultimar os programas para disputar interesse para o turismo por parte de estudantes e também de empreendedores”, disse ao Jornal Económico (JE) o diretor executivo do NEST. “Estamos muito satisfeitos não só pela parte material – os tais 1200 m² e infraestrutura que lá temos – mas também pelos programas que estamos a preparar. O financiamento de aproximadamente três milhões de euros foi para reabilitação de todo o espaço e equipamentos”, explicou ainda Roberto Antunes.

O NEST é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, criada de 2019 por um grupo de fundadores de renome: ANA Aeroportos, BPI, Brisa, Google, Microsoft, Millennium bcp, NOS e Turismo de Portugal.​ Além de estar encarregue deste projeto e de outros relacionados com inovação do turismo, colidera a Agenda Mobilizadora do PRR “Acelerar e Transformar o Turismo”, a par com o Turismo de Portugal e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que inclui mais de 40 entidades e prevê um investimento de 151 milhões de euros.

Turismo esse que voltou a bater recordes em Portugal no ano passado. Os alojamentos turísticos tiveram 30 milhões de hóspedes e 77,2 milhões de dormidas em 2023, mais de 10% do que em 2019, de acordo com o INE. Roberto Antunes antevê que haja uma desaceleração daqui para a frente.

“À medida que o turismo vai crescendo a este ritmo acelerado, os números deverão baixar do ponto de vista de ritmo, mas o crescimento ainda está a acontecer. Pelo que ouço em todo o sector, os sinais do arranque do ano foram muito positivos. A minha perceção é a de que haverá superação”, argumenta ao JE.

Questionado sobre o impacto do evento Boost – Building Better Future neste mercado, o diretor do NEST foi pragmático: das cerca de 500 pessoas presentes na segunda edição, que se realizou em meados de janeiro na Casa da Música (Porto), 300 aceitaram o desafio de experimentar o check-in biométrico por reconhecimento facial, mais de metade (275) acederam ao metaverso que foi criado para o efeito e 90 interagiram neste mundo virtual para obter benefícios (perks) e NFT – Non-Fungible Tokens.

“Trouxemos experiências ao Boost. Experimentação de tecnologias que, muitas vezes, tanto as pessoas como as empresas não têm noção de como funcionam e têm uma certa perceção de que é algo complexo e difícil de entender. Criámos um metaverso, como se fosse um super espaço de conferências que replica a Casa da Música, com diferentes salas onde era possível interagir com outros através de avatares e obter mais dados sobre o que estava a acontecer lá ao vivo”, conta Roberto Antunes.

O Boost 2024 recebeu quase meia centena (47) de oradores, 20 painéis e nove casos práticos das mais diversas áreas do turismo, desde o programa de inovação da alemã Lufthansa ao estudo de impacto social do turismo na aldeia da Bendada.

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