Caso das gémeas
24 set, 2024 - 18:09 • Filipa Ribeiro
Rui Santos Ivo diz ainda ser natural receber pedidos da secretaria de Estado da Saúde e, neste caso concreto, o email sobre as gémeas foi remetido pelo Hospital de Santa Maria.
O presidente do Infarmed nega que tenha existido pressão para que fosse aprovada a utilização do medicamento Zolgensma no caso das gémeas luso-brasileiras. Rui Santos Ivo foi ouvido esta terça-feira na Comissão Parlamentar de inquérito sobre o caso.
Questionado pela deputada do Chega Cristina Rodrigues, o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento nega ter existido pressão e esclarece que a situação foi analisada pelos peritos do organismo.
Rui Santos Ivo diz ainda ser natural receber pedidos da secretaria de Estado da Saúde e, neste caso concreto, o email sobre as gémeas foi remetido pelo Hospital de Santa Maria. Outro detalhe que o presidente do Infarmed clarificou foi de que existiu um contacto prévio feito pelo diretor clínico daquele hospital, antes de o pedido ter sido oficializado.
Apesar destes contactos, assegura que eles não influenciaram o processo de decisão do Infarmed.
Por outro lado, Rui Santos Ivo garante nunca ter sido contactado nem pelo Ministério da Saúde, nem pela Presidência da República e revela que o Zolgensma, um dos medicamentos mais caros do mundo, já foi autorizado em 37 casos em Portugal.