Infeções respiratórias continuam a aumentar no Curry Cabral

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16 jan, 2024 - 20:05 • Redação

A unidade do Curry Cabral – que tem 36 camas, a maior capacidade do país em infeciologia – não está sobrelotada, mas ainda não sentiu um alívio nos internamentos.

O número de casos de infeções respiratórias virais – sobretudo de gripe A – continua a aumentar no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. A unidade – que tem 36 camas, a maior capacidade do país em infeciologia – não está sobrelotada, mas ainda não sentiu um alívio nos internamentos.

À Renascença, Fernando Maltês, o diretor de infeciologia, diz que a perceção que tem é que, “de facto, as infeções virais respiratórias estão a subir”. No seu serviço, em particular, tem assistido “nestas últimas semanas a um aumento exponencial mantido do número de infeções respiratórias, sobretudo por gripe A”.

“Temos alguns casos de infeção respiratória por Covid-19, mas não em número equiparável ao número de infeções por vírus influenza A. Outros vírus respiratórios, como Vírus Sincicial Respiratório, Parainfluenza ou Rinovírus, não temos tido no nosso serviço. Também só tivemos um caso de coinfecção pelo vírus Influenza e Covid-19. Portanto, o que assistimos de facto é a um aumento do vírus da Gripe A, em alguns casos com alguma gravidade e maioritariamente em indivíduos que não estão vacinados”, diz .

Em alguns casos, adianta o especialista, “os doentes internados por gripe A têm tido a necessidade de ventilação não invasiva mas só em situações pontuais é que têm necessidade de cuidados intensivos”.

O diretor do serviço sublinha, no entanto, que “não tem havido mortalidade por infeções virais respiratórias, apesar do aumento de casos”.

Fernando Maltês admite ainda que “a tendência crescente de casos se vai manter durante mais algum tempo, à semelhança do que a Organização Mundial da saúde prevê para a Europa”.

O diretor do serviço de Infeciologia do hospital Curry Cabral tem esperança que o alargamento da vacinação – agora decidido pela DGS – possa ajudar no controlo das infeções.

“Espero que a campanha que a Direção-Geral de Saúde está a fazer no sentido de aumentar a vacinação para a gripe e para a Covid-19 contribua para aligeirar um bocadinho esta maior carga que se prevê e que, do ponto de vista daquilo que é a experiência do meu serviço, estão em crescendo.”

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