Inflação e incerteza económica são riscos até 2026, alerta Fórum Económico Mundial

9 meses atrás 98

Sobre a incerteza económica e desenvolvimento em declínio, o relatório destaca que estes fatores irão fazer-se sentir com persistência num mundo marcado por “crescentes clivagens económicas e tecnológicas”, destaca o “Global Risks Report 2024”.

A inflação e a incerteza económica estão entre os maiores riscos globais para os próximos dois anos, de acordo com o relatório “Global Risks Report 2024”, preparado para o Fórum Económico Mundial pela Marsh McLennan e pela Zurich.

Este estudo apresenta a visão de mais de 1.400 especialistas, decisores políticos e líderes empresariais na identificação dos principais riscos globais a curto, médio e longo prazo e o top-10 de riscos globais por severidade para os próximos dois e 10 anos.

De acordo com este relatório, o grande risco a dois anos passa pela desinformação e informação, enquanto a dez anos a maior ameaça são os eventos climáticos extremos.

Sobre a incerteza económica e desenvolvimento em declínio, o relatório destaca que estes fatores irão fazer-se sentir com persistência num mundo marcado por “crescentes clivagens económicas e tecnológicas”. Destaca o “Global Risks Report 2024” que “a longo prazo, os obstáculos à mobilidade económica poderão aumentar, afastando grandes segmentos da população das oportunidades económicas”.

“Os países propensos a conflitos ou vulneráveis às alterações climáticas podem ficar cada vez mais isolados do investimento, das tecnologias e da criação de emprego. Na ausência de vias para meios de subsistência seguros e protegidos, os indivíduos podem ser mais propensos ao crime, à militarização ou à radicalização”, sublinha este relatório.

Carolina Klint, chief commercial officer da Marsh McLennan Europa, considera que “os avanços da Inteligência Artificial irão perturbar radicalmente as perspetivas de risco das organizações, com muitas a lutarem para reagir às ameaças decorrentes da desinformação, da desintermediação e do erro de cálculo estratégico”.

Esta responsável estima que “ao mesmo tempo, as empresas estão a ter de negociar cadeias de abastecimento que se tornaram mais complexas devido à geopolítica, às alterações climáticas e às ciberameaças de um número crescente de agentes maliciosos. Será necessário um foco incansável para criar resiliência a nível organizacional, nacional e internacional – e uma maior cooperação entre os sectores público e privado – para navegar neste cenário de risco em rápida evolução”.

Ler artigo completo