Iniciativa Liberal condena “interferência russa” nas eleições na Moldávia

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Para a IL “é inaceitável que, em pleno século XXI, uma nação soberana enfrente tentativas de subversão da sua democracia por parte de atores externos”. A Moldávia votou favoravelmente a integração na União Europeia mas o processo não foi pacífico.

A Iniciativa Liberal condenou esta terça-feira, através de um voto apresentado no Parlamento, aquilo que considera ser uma ameaça à democracia e que passa pela “interferência russa nas eleições na Moldávia.

“No dia 20 de outubro de 2024, o povo da Moldávia esteve no centro de uma batalha crucial pelo seu futuro democrático, ao participar numa eleição presidencial e num referendo que visava definir o rumo do país em relação à adesão à União Europeia. Entretanto, a integridade deste processo eleitoral foi severamente comprometida por alegações de interferência estrangeira, especificamente da Rússia, e por práticas de compra de votos que colocaram em causa os pilares fundamentais da democracia moldava”, disseram os liberais.

De recordar que a Moldávia votou tangencialmente a favor da adesão à União Europeia, segundo mostraram os resultados quase finais do referendo – que ao longo do final da tarde de domingo dava com insistência um resultado favorável à não-adesão. O resultado é considerado essencial para se perceber se o país pretende escapar à interferência russa. O país votou também para a eleição presidencial.

Para a IL “é inaceitável que, em pleno século XXI, uma nação soberana enfrente tentativas de subversão da sua democracia por parte de atores externos”. “As alegações de que grupos criminosos, em conluio com forças hostis aos interesses moldavos, estavam a tentar comprar até 300.000 votos para desestabilizar o processo democrático não podem ser ignoradas. Esta situação revela não só a fragilidade da democracia na Moldávia, mas também a urgência com que a comunidade internacional deve reagir para garantir que a vontade do povo seja respeitada”, sublinhou.

“A Assembleia da República não pode permanecer indiferente a esta realidade. A nossa posição como defensores da democracia e dos direitos humanos exige que manifestemos a nossa condenação a quaisquer tentativas de manipulação e de interferência externa nos processos eleitorais. A Moldávia, situada entre a União Europeia e a Ucrânia, enfrenta um dilema existencial que exige uma resposta clara e assertiva da parte dos países democráticos”, afirmou a IL.

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