Insolvências voltam a crescer. Subiram 19% até novembro

9 meses atrás 68

As micro e pequenas empresas são as que mais abrem insolvência. No último mês, o sector têxtil foi o mais afetado, com um total de 93 empresas a abrir falência.

As insolvências voltaram a crescer em Portugal durante o mês de novembro, quando comparado com o período homólogo. Durante novembro, verificou-se um aumento de 10% nas insolvências em relação ao mesmo mês de 2022.

Em termos acumulados, entre janeiro e novembro, as insolvências cresceram 19% face ao período homólogo, indicam os dados da COSE – Companhia de Seguro de Crédito.

“As micro e pequenas empresas, com um volume de negócios inferior a 500 mil euros, continuam a registar o maior número de insolvências, mantendo a tendência verificada ao longo do ano”, indica a COSEC em comunicado.

“Os sectores dos serviços, da construção, do retalho e dos têxteis continuam a registar os valores mais elevados em termos de insolvências no mês de novembro, com este último sector a apresentar uma subida expressiva face ao período homólogo, com um aumento de 93 empresas nesta situação”.

Os centros urbanos do Porto e de Lisboa continuam a verificar, em termos geográficos, o maior número de insolvências quando comparado com o período homólogo. Já Braga e a Madeira viram o maior crescimento das insolvências em termos acumulados até novembro.

A COSEC evidencia que o ritmo de crescimento das insolvências verificado ao longo do ano se insere “num contexto em que a economia europeia tem sido muito influenciada pelo clima de alguma incerteza a nível económico, sobretudo devido às elevadas taxas de inflação sentidas ao longo de 2023”.

“O ano de 2023 tem sido marcado por alguma incerteza a nível económico, fruto dos vários acontecimentos. Recentemente, os principais mercados externos de Portugal têm atravessado algumas dificuldades, o que se reflete na economia portuguesa e nos deverá deixar com uma postura cautelosa. Com alguns aumentos esperados no início do ano em termos de produtos energéticos e alimentares, acreditamos que possa continuar a ser verificada esta  tendência de crescimento homólogo nas insolvências durante mais algum tempo até estabilizar”, afirma Vassili Christidis, CEO da COSEC, na mesma análise.

Os últimos dados da Allianz Trade indicavam que Portugal podia fechar o ano com 19% de insolvências, um valor que já se confirma em novembro. Ou seja, caso as empresas portuguesas continuem a abrir insolvência em dezembro, o valor acumulado vai ficar acima das perspetivas.

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