Intel regista prejuízo de 1,6 mil milhões de dólares e vai despedir mais de 15.000 funcionários

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O anúncio surge numa altura em que a Intel se depara com resultados financeiros ‘desastrosos’. Ao todo, a Intel registou um prejuízo de 1,6 mil milhões de dólares no segundo trimestre do ano. No trimestre anterior, a empresa já tinha perdido 437 milhões de dólares. 

“O nosso desempenho financeiro no segundo trimestre foi decepcionante, mesmo tendo atingido novos marcos em produtos-chave e em processos tecnológicos”, admite Pat Gelsinger, CEO da Intel, citado em comunicado à imprensa. 

Num memorando enviado aos funcionários, e partilhado pela Intel no seu website, o responsável afirma que as receitas do segundo trimestre não cresceram como esperado, admitindo que a empresa ainda não conseguiu tirar partido de grandes tendências tecnológicas, como a IA. 

No segundo trimestre, a Intel registou receitas na ordem dos 12,8 mil milhões de dólares, numa queda de 1% em comparação com o mesmo período em 2023. 

Apesar das vendas terem mantido alguma estabilidade e de o negócio de PCs e servidores continuar a trazer lucro, a maioria das perdas tem origem no negócio dos semicondutores, com um prejuízo de 2,8 mil milhões de dólares. 

Durante o anúncio dos resultados financeiros do segundo trimestre, David Zinsner, CFO da Intel, sugeriu que o Lunar Lake, o próximo processador focado nas capacidades de IA, poderá não ser suficiente para mudar a situação da empresa, avança o website The Verge.

A Intel tem vindo a perder terreno em comparação com empresas como a Nvidia, em particular, na área da IA. Mas este não é o único problema que enfrenta. Além de depender parcialmente da TSMC para ajudar no fabrico de semicondutores mais avançados, a empresa viu-se forçada a remodelar os seus processadores para portáteis topo de gama para manter a competitividade face à oferta da Qualcomm e da Apple. 

Recentemente, a tecnológica também se viu a braços com falhas nos seus processadores Intel Core de 13ª e 14ª geração. Embora esteja a trabalhar numa solução através de uma atualização de software, a empresa já anunciou um prolongamento da garantia dos chips por mais dois anos.

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