Apesar das dificuldades geradas pelo adversário, o FC Porto levou a melhor diante do TSG Hoffenheim (2-0), a contar para a terceira jornada da Europa League. No Estádio do Dragão, o perfume de Nico González fez-se sentir ao longo de toda a partida.
A clarividência em pessoa
Os dragões entraram tremidos no encontro, oferecendo, em múltiplas ocasiões, a bola ao adversário numa primeira fase de construção. No entanto, Nico González contrariou a toada do coletivo, assumindo, tal como é seu apanágio, a batuta da classe no miolo. Para além disso, quando a sua equipa mais necessitava da sua acrescida clarividência, o médio espanhol, de cabeça, descobriu Tiago Djaló, que não se fez rogado. Vê o jogo de uma torre mais alta!
Um cartão de visita com película dourada
Que bela estreia no Estádio do Dragão! Perante os adeptos azuis e brancos, o central lusitano fez no primeiro tempo, o que mais nenhum elemento presente no campo conseguiu: colocar a bola no fundo das redes. Com um belíssimo volley, o jogador que pertence aos quadros da Juventus festejou efusivamente, deixando o estádio ao rubro. Um tento preponderante no rumo do confronto. Nos duelos disputados na segunda parte, o defesa também esteve imperial. Exibição categórica!
Samu, Samu, tinhas que se tu!
O avançado espanhol está com a febre do golo! Apesar de ter estado pouco ativo no jogo, fruto de uma imponente marcação direta, o avançado espanhol apontou o golo da tranquilidade, numa jogada onde expos todos os seus principais atributos. Numa primeira instância, escapou da oposição com a sua capacidade de aceleração e poderio físico. Posteriormente, com grande maestria, disparou colocado em direção do poste mais próximo, demonstrando o dom que tem na hora de visar a baliza. Impressiona!
A arte de saber bascular
O meio-campista austríaco esteve em grande plano, principalmente na primeira metade do duelo. O futebolista de 29 anos mostrou todos os seus recursos técnicos, esquivando-se com facilidade da pressão exercida pelos dragões. Dono de uma excelente capacidade de passe, seja curto seja longo, Grillitsch operou a toda ofensiva do seu conjunto, que chegou a gerar muitos problemas numa fase inicial. Um verdadeiro pêndulo!
Muita classe, pouca convicção
O suspeito em menor evidência do lado portista. O espanhol não conseguiu trazer uma nova vida às dinâmicas ofensivas da equipa. As raras vezes em que tentou desequilibrar, fê-lo sem o esperado sucesso. Passeou no campo com muita classe, mas sem o discernimento desejado. Saiu aos 59' e certamente não deixou saudades.
Passividade na hora H
O central até estava a ser dos elementos mais consistentes da sua linha defensiva, mas uma má ação acabou por deitar por terra uma prestação positiva. O defesa foi ultrapassado por Samu Aghehowa, numa primeira fase. Na sequência do lance, deu um ligeiro espaço na contenção, que foi aproveitado da melhor maneira pelo espanhol. Podia ter feito bem melhor...