Inundações repentinas no Afeganistão matam 200 pessoas

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O Afeganistão viveu um inverno muito seco, dificultando a absorção da chuva pelo solo

Mais de 200 pessoas morreram na província de Baghlan, no norte do Afeganistão, após inundações repentinas. A informação foi divulgada este sábado pela ONU, numa altura em que decorrem trabalhos de resgate.

O estado de emergência foi declarado nas regiões onde rios de lama subitamente “engoliram” milhares de casas e hectares de culturas, anunciou o Ministério da Defesa afegão. “Mais de 100 pessoas morreram no distrito de Baghalan Jadid” em Baghlan e “100 pessoas foram mortas” no de Burqa, disse um responsável da Organização Internacional para as Migrações (OIM)

A OIM estima que mais de 2.000 casas foram destruídas e acrescenta que foram registadas várias mortes em outros seis distritos de Baghlan. As autoridades provinciais tinham avançado 62 mortos desde sexta-feira, mas alertaram que “provavelmente aumentaria”.

As inundações desta primavera anormalmente chuvosa afetaram também outras províncias do Afeganistão, um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas no mundo, mas também um dos mais mal preparados para as suas consequências.

Desde meados de abril, as cheias e inundações já causaram cerca de uma centena de mortes em dez províncias do país e nenhuma região foi poupada.

Também destruíram centenas de casas e submergiram muitas terras agrícolas num país onde 80% dos mais de 40 milhões de habitantes dependem da agricultura para a sua sobrevivência.

O Afeganistão viveu um inverno muito seco, dificultando a absorção da chuva pelo solo.

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