Invasão de colonos israelitas em aldeia da Cisjordânia mata um palestiniano

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O grupo israelita de direitos humanos Yesh Din descreveu que os colonos invadiram a localidade de al-Mughayyir na noite de sexta-feira, em busca do rapaz de 14 anos que estava desaparecido do seu assentamento.

Vídeos divulgados na rede X pelo grupo de direitos humanos mostravam nuvens escuras de fumo saindo de carros em chamas, ao som de tiros e uma fotografia exibia o que parecia ser uma multidão de colonos mascarados.

O Ministério da Saúde palestiniano informou que um homem foi levado morto para o hospital e 25 foram tratados por ferimentos.

O Crescente Vermelho Palestiniano disse, por sua vez, que oito dos feridos foram atingidos por tiros de colonos.

O Exército israelita comentou que os colonos estavam à procura do rapaz desaparecido e que os seus militares abriram fogo quando estavam a ser atingidos por pedras lançadas por palestinianos, acrescentando que os soldados também expulsaram os colonos da localidade.

Este episódio foi o mais recente de uma escalada de violência na Cisjordânia desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há mais de seis meses entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

De acordo com autoridades de saúde palestiniana, mais de 460 palestinianos foram mortos na Cisjordânia pelas forças israelitas desde o início do conflito, em 07 de outubro.

Na última noite, dois palestinianos, incluindo um militante do Hamas, morreram em confrontos com as forças israelitas.

Várias vozes internacionais, incluindo o Presidente norte-americano, Joe Biden, têm levantado repetidamente preocupações sobre o aumento na violência dos colonos contra os palestinianos na Cisjordânia.

Grupos de defesa dos direitos humanos há muito que acusam os militares israelitas de não conseguirem travar a violência dos colonos ou punir os soldados por irregularidades.

A guerra na Faixa de Gaza foi iniciada em 07 de outubro com um ataque terrorista sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, onde matou quase 1.200 pessoas e levou outras 240 como reféns.

Desde então, Israel encetou uma retaliação em grande escala no enclave controlado pelo Hamas, provocando a morte de mais de 33 mil pessoas, na maioria civis, e mergulhando o território numa grave crise humanitária, além de ter aumentado a tensão militar em toda a Palestina e na região do Médio Oriente.

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