Irão. Estado Islâmico reivindica ataque que matou mais de 80 pessoas

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Para além da morte de mais de 80 pessoas, outras 280 ficaram feridas, um número que inclui crianças e mulheres.

“Uma retaliação muito forte vai ser infligida através das mãos dos soldados de Soleimani”
, declarou o vice-presidente do Irão Mohammad Mokhber após o ataque. A televisão estatal iraniana mostrou depois imagens de manifestantes que entoavam cânticos de “Morte a Israel” e “Morte aos Estados Unidos”.

O governo liderado por Benjamin Netanyahu não se pronunciou sobre o que aconteceu em Kerman, mas os Estados Unidos foram rápidos a refutar qualquer responsabilidade no ataque duplo.

Já esta quinta-feira, através do Telegram, o Estado Islâmico identificou os autores dos dois ataques como Omar al-Mowhid e Saifallah al-Mujaahid.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas já veio a público condenar o ataque que apelidou de “cobarde” e deu condolências às famílias das vítimas e ao governo iraniano. 

O presidente do Irão, Ebrahim Raisi também condenou os ataques “hediondos e desumanos”, enquanto o líder supremo do Irão, o ayatollah Khamenei prometeu “vingança”.


Por sua vez, o responsável pela Guarda Revolucionária iraniana afirmou que o ataque foi perpetrado para “desestabilizar e criar insegurança no Irão e um ato de vingança pelo amor profundo e devoção dos iranianos pela República Islâmica”.

Não é a primeira vez que o Estado Islâmico protagoniza ataques terroristas em território iraniano. Em 2022, o grupo reivindicou um ataque a um santuário xiita que matou 15 pessoas. No entanto, Teerão culpa frequentemente Israel e os Estados Unidos de apoiarem grupos anti-Irão.

Este ataque ao Irão é o mais sanguinário desde 1978 - ainda antes da Revolução Islâmica - quando mais de 370 pessoas morreram num cinema de Abadan, atingido por um incêndio. 

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