Irão insiste que não forneceu mísseis balísticos à Rússia para usar na Ucrânia

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Médio Oriente

13 out, 2024 - 11:08 • Redação com Lusa

"Se a Europa precisa de um caso para apaziguar a chantagem de Israel, é melhor encontrar outra história", escreveu o chefe da diplomacia iraniana nas redes sociais.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchi, reiterou este domingo que o seu país não forneceu mísseis balísticos à Rússia para utilização na Ucrânia, um dia antes de a União Europeia (UE) discutir novas sanções contra o Irão.

"Reitero mais uma vez. Não fornecemos mísseis balísticos à Rússia", afirmou Abbas Araqchi numa mensagem na sua conta no X, embora sem negar a cooperação militar com Moscovo. "Se a Europa precisa de um caso para apaziguar a chantagem de Israel, é melhor encontrar outra história." Estas mesma palavras, escreveu, terão sido dita a Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia.

"A cooperação militar entre o Irão e a Rússia não é nova. Tem uma história que remonta muito antes do início da crise ucraniana", disse.

Em contrapartida, lança ataques ao Ocidente pela cooperação com Telavive. "Alguns europeus forneceram ao regime israelita todos os tipos de armas sofisticadas e envolveram-se ansiosamente em operações militares contra o Irão. A política de Pressão Máxima dos EUA ainda está em vigor, e a comunidade empresarial na Europa segue integralmente as instruções."

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na segunda-feira, esperam dar luz verde a sanções contra o Irão por alegadamente ter fornecido à Rússia mísseis balísticos para utilizar na invasão da Ucrânia.

Em setembro, o bloco comunitário informou que tinha informações credíveis sobre a entrega destes mísseis balísticos após meses de suspeitas, anunciando de seguida a Alemanha, França e Reino Unido a revogação dos acordos bilaterais de transporte aéreo com o Irão e medidas contra a companhia aérea estatal Iran Air.

Nos últimos anos, o Irão e a Rússia reforçaram relações em domínios como política, militar e economia, enfrentando ambos os países enfrentam sanções económicas dos EUA.

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