Iraque condena incursões de Exército turco contra curdos no norte do país

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Na luta armada contra as autoridades turcas desde 1984, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) é classificado como um grupo terrorista por Ancara e pelos seus aliados ocidentais, pelas atividades dos seus combatentes curdos.

O Exército turco confirma periodicamente os seus bombardeamentos no território vizinho iraquiano, onde realiza regularmente operações terrestres e aéreas contra posições do PKK.

Os combatentes curdos turcos têm bases de retaguarda no Curdistão autónomo, que também acolhe bases militares turcas há 25 anos.

O primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Chia al-Soudani, presidiu a um conselho de Segurança Nacional, hoje, para discutir os mais recentes desenvolvimentos, de acordo com um comunicado do general Yehia Rasool, porta-voz militar do chefe de Governo.

Na reunião, os participantes discutiram "as intervenções e violações das forças turcas na zona fronteiriça comum", segundo o comunicado, que "recusa a incursão militar turca e qualquer ataque ao território iraquiano" e apela a Ancara para que opte pela diplomacia com o Governo iraquiano para todas as questões de segurança.

Uma delegação de altos funcionários de segurança será enviada ao Curdistão para "avaliar a situação" e chegar a "uma posição unificada" com as autoridades locais sobre esta questão, segundo o comunicado.

Em março, após uma visita ao Iraque de dirigentes turcos, Bagdade considerou o PKK uma "organização banida" - apesar de Ancara exigir um envolvimento cada vez maior do Governo iraquiano na luta contra este movimento.

No início de julho, a bancada parlamentar da União Patriótica do Curdistão - um dos dois principais partidos curdos iraquianos - condenou "a retoma das operações do exército turco" no Curdistão, alegando danos infligidos a propriedades agrícolas.

Numa recente entrevista ao meio de comunicação social Politico, o ministro da Defesa turco, Yasar Guler, reiterou a determinação do seu país em criar um "corredor de segurança ao longo das fronteiras com o Iraque e Síria para libertar a região de terroristas", numa referência implícita ao PKK.

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