Iraque e Líbano alertam que ataques dos EUA no Iémen alimentam conflito

8 meses atrás 100

"Denunciamos veementemente as tentativas de alargar a guerra e afirmamos que as aventuras do fogo, neste caso, podem queimar-nos a todos", disse o Presidente iraquiano Abdellatif Rashid, segundo uma mensagem da presidência iraquiana na rede social X (antigo Twitter).

Rashid fez as declarações depois de os Estados Unidos terem bombardeado, pelo segundo dia consecutivo, posições militares dos Huthis no Iémen para destruir a capacidade dos insurgentes de atacar navios mercantes no Mar Vermelho, ações que estão a causar graves perturbações no comércio marítimo mundial.

Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros libanês manifestou em comunicado "extrema preocupação com a última escalada, as operações militares no Mar Vermelho e os bombardeamentos aéreos contra o território iemenita", apelando ao desanuviamento para garantir a estabilidade no Médio Oriente.

"O facto de não se abordar as verdadeiras razões desta escalada, nomeadamente o cessar-fogo global da ofensiva israelita e a guerra em Gaza, pode alargar o círculo do conflito, como já começou a acontecer recentemente", alertou a diplomacia libanesa.

Para o Líbano, tais ações podem fazer com que a guerra na Faixa de Gaza "se estenda a todo o Médio Oriente, ameaçando a paz e a segurança regional e internacional".

Desde meados de novembro, os Huthis lançaram dezenas de ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho, com o objetivo declarado de prejudicar economicamente Israel, que continua a sua ofensiva contra o enclave palestiniano, o que suscitou uma resposta dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Na sequência do início da guerra em Gaza, em 07 de outubro, as milícias pró-iranianas no Iraque lançaram mais de uma centena de ataques contra posições norte-americanas no Iraque e na Síria, tendo Washington respondido a estes ataques bombardeando estes grupos, incluindo em Bagdade, o que alimentou a escalada da tensão.

No Líbano, o grupo xiita pró-iraniano Hezbollah e Israel estão envolvidos numa intensa troca de tiros ao longo da fronteira que já fez dezenas de mortos e deslocou dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados.

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