IRS. Quase 50 mil contribuintes enviaram declaração logo na primeira hora

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01 abr, 2024 - 19:12 • Pedro Mesquita

A pensar no possível reembolso, não faltam contribuintes a tentar resolver o assunto logo no início do prazo. Mas será avisado? “Normalmente a pressa é má conselheira”, sublinha Vítor Vicente, o presidente da Associação Nacional de contabilistas.

Quase 50 mil os contribuintes que enviaram a declaração logo na primeira hora

Não há que ter pressas. Só termina a 30 de junho, o prazo para submeter a declaração de IRS referente aos rendimentos de 2023 e, diz a experiência de Vítor Vicente, presidente da Associação Nacional de Contabilistas, "às vezes, em algumas categorias de rendimentos, há coisas que não estão bem logo no início. Portanto, se as pessoas esperarem mais alguns dias, não se perde nada”.

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Vítor Vicente aconselha particular prudência aos contribuintes que, além dos rendimentos do trabalho dependente ou das pensões, tenham rendimentos prediais, ou de ações e mais-valias, por exemplo. Nesse caso, devem verificar se têm consigo todos os elementos necessários para preencher devidamente a declaração de IRS.

Vamos a um exemplo prático: imagine que vendeu um apartamento no último ano, e que se esquece de o declarar. Nesse caso, “mais cedo ou mais tarde o Estado vai detetar que houve essa falha, vai exigir o pagamento do imposto (correspondente) e, obviamente, nessa altura, com um agravamento".

São apenas alguns dos lembretes deixados, em entrevista à Renascença, pelo presidente da Associação Nacional de Contabilistas, a recordar, nomeadamente, que um número significativo de contribuintes irá receber, desta vez, um reembolso bem menor do que estava habituado.

E porquê? “Houve uma alteração nos escalões do IRS o ano passado. As pessoas - não só em janeiro como, sobretudo, em julho – notaram, muitas delas, que o seu salário líquido ao final do mês tinha aumentado. Mas não foram as suas entidades patronais que as aumentaram. Foi o Estado que reduziu a taxa de retenção do IRS sobre os rendimentos mensais, sejam eles ordenados ou pensões. Sucede que essas pessoas, provavelmente, irão agora receber muito menos dinheiro em IRS, porque receberam essas verbas ao longo do ano.”

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