"Agimos em todo o lado, todos os dias, para impedir que os nossos inimigos ganhem força e deixar claro a qualquer um que nos ameace, em todo o Médio Oriente, que o preço será elevado", afirmou Yoav Gallant no parlamento israelita.
O ataque em Damasco, atribuído a Israel, provocou 13 mortos, incluindo dois generais da Guarda da Revolução do Irão, ao visar o edifício que abrigava o consulado e a residência do embaixador do Irão na capital síria.
Israel raramente confirma ataques na vizinha Síria, onde o Irão, o Hezbollah libanês pró-iraniano e outros grupos leais a Teerão apoiam militarmente o regime de Bashar al-Assad na guerra que começou em 2011.
O Irão prometeu vingança contra Israel, que culpou pelo ataque mais sangrento contra militares iranianos na Síria desde o início do ano.
Perante o Comité de Defesa e Negócios Estrangeiros do parlamento, em Jerusalém, Gallant também discutiu os progressos militares "na luta e no desmantelamento do Hamas" em Gaza, segundo um comunicado do Ministério da Defesa.
Abordou igualmente "os vários esforços para garantir o regresso dos reféns detidos pelo Hamas e as operações antiterroristas", disse o ministério, citado pela agência espanhola EFE.
"O Hamas deixou de funcionar como organização militar na maior parte da Faixa de Gaza. Os seus comandantes estão escondidos em túneis, perderam a capacidade de comando e controlo, a maior parte dos batalhões deixaram de funcionar", afirmou.
Gallant admitiu que a brigada do Hamas em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, "ainda está de pé com os seus quatro batalhões".
"Em breve, abordaremos esta questão", afirmou, referindo-se à anunciada ofensiva militar terrestre na zona, que alberga 1,4 milhões de pessoas deslocadas e à qual se opõem os Estados Unidos e a comunidade internacional.
O ministro defendeu que "a pressão militar foi e continua a ser o principal elemento para garantir" o regresso dos reféns a Israel.
"Os progressos registados no desmantelamento do Hamas e as informações obtidas junto dos terroristas dão-nos força à mesa das negociações. Estou empenhado em devolver todos os reféns a casa", acrescentou.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque em solo israelita do grupo islamita palestiniano que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.
A resposta de Israel, além de ter provocado um nível elevado de destruição de infraestruturas em Gaza, matou mais de 32.900 pessoas, de acordo com as autoridades controladas pelo Hamas.
O grupo islamita, que governa Gaza desde 2007, é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
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