"Pelo terceiro ano consecutivo, Israel estabeleceu um novo recorde para as exportações de defesa", disse o Ministério da Defesa num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Mísseis, foguetes e sistemas de defesa aérea representaram 36 por cento das exportações de armas de Israel, com as vendas a quase duplicar desde 2022, quando representaram 19% do total.
"Israel continua a ter sucesso na cooperação internacional e nas exportações da indústria de Defesa", disse o ministro Yoav Gallant, citado no comunicado.
O novo recorde nas vendas de Defesa foi alcançado num ano em que Israel iniciou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza contra o Hamas, após um ataque do grupo extremista palestiniano em solo israelita em 07 de outubro.
O ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
A ofensiva contra a Faixa de Gaza provocou mais de 37.300 mortos desde outubro, segundo um balanço do governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
"Embora as nossas indústrias estejam principalmente concentradas em fornecer as capacidades necessárias para apoiar as nossas tropas e defender os nossos cidadãos, continuam também a procurar áreas de cooperação e exportação para parceiros internacionais", disse Gallant.
Israel é um dos maiores fabricantes de armas do mundo.
As restantes exportações em 2023 concentraram-se em radares e guerra eletrónica, estações de armas e lançadores, aeronaves tripuladas e aviónica, munições e armamento.
Israel também vendeu sistemas de observação e optrónica, veículos de combate, sistemas de inteligência, informação e cibernética, 'drones', sistemas de comunicação, satélites e sistemas espaciais, e sistemas e plataformas marítimas, segundo o Ministério da Defesa.
"Desde o início da guerra, o Ministério da Defesa investiu dezenas de milhares de milhões de dólares em aquisições nacionais", declarou o diretor-geral do ministério, general Eyal Zamir, também citado no comunicado.
"Esta abordagem estratégica deverá aumentar ainda mais as nossas exportações", acrescentou.
O maior comprador de armas israelitas é a região da Ásia-Pacífico, que representa 48%, seguida da Europa, com 35% das compras.
Muito atrás estão as Américas com 9%, a América Latina com 4%, os países do Acordo de Abraão (Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Sudão) com 3% e África com 1%.
Em cinco anos, Israel duplicou as exportações de produtos de defesa e, pelo terceiro ano consecutivo, registou um lucro recorde com a venda de armas, acrescentou a EFE.
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