Israel diz ter atacado quartel-general do Hezbollah no Líbano

9 horas atrás 21

O exército israelita atacou na última noite dezenas de localidades no sul do Líbano, tendo pela terceira vez em quase uma semana como alvo a cidade de Nabatiyeh informou a agência noticiosa libanesa ANI.

Entre os alvos esteve também o quartel-general de inteligência do Hezbollah, avança a Reuters, referindo um armazém subterrâneo de produção de armas em Beirute.

Em comunicado, o exército israelita indica que foram mortos três comandantes do Hezbollah, incluindo Alhaj Abbas Salama, um alta figura do movimento radical libanês, Radja Abbas Awache, especialista em comunicações, e Ahmad Ali Hussein, responsável pelo desenvolvimento de armas.

Ainda assim, não é claro que os três tenham sido mortos nos ataques ao quartel-general do Hezbollah no sul do Líbano ou em ações separadas.

Mais de 50 cidades e aldeias alvo de ataques israelitas

"Aviões de combate atingiram sete vezes a cidade de Nabatiyeh", revelou a agência. Esta cidade, onde o Hezbollah e o seu aliado Amal exercem influência, já havia sido alvo de ataques israelitas mortais na quarta-feira, tendo matado o seu presidente da câmara e arrasado o seu mercado.

Durante a noite, os aviões israelitas "realizaram ataques" em mais de 50 cidades e aldeias, incluindo as cidades fronteiriças de Kfar Chouba, Bint Jbeil e Khiam, onde se registaram combates intensos, disse a ANI, referindo a existência de vítimas.

"As forças israelitas fizeram explodir o bairro de Tarrache em Maïss al-Jabal", uma aldeia fronteiriça onde os confrontos opuseram o Hezbollah aos soldados israelitas, acrescentou a agência noticiosa.

As tropas também "arrasaram o cemitério da aldeia vizinha de Blida", acrescentou.

Entretanto, ataques aéreos israelitas visaram hoje dois bairros no subúrbio sul de Beirute, após os apelos israelitas à evacuação, segundo a ANI.

No final do mês passado, Israel lançou uma intensa campanha aérea contra o Líbano e incursões terrestres, após quase um ano de trocas transfronteiriças com o movimento pró-iraniano, na sequência da guerra em Gaza.

Pelo menos 1.454 pessoas morreram no Líbano desde 23 de setembro, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais, um número que pode, de facto, ser mais elevado dada a natureza fragmentária da informação.

Ler artigo completo