Já fazia falta um Mapa assim, com sabores do mundo e Alentejo à vista

2 semanas atrás 32

A conversa flui, pausadamente. A expressão de um casal instalado numa mesa próxima é de encantamento, suspensos entre os pratos que chegam e o prazer de saborear o tempo.

A primavera não se anuncia, antes se exibe descaradamente à medida que o carro desliza estrada fora. Destino? O vale suave orientado a Sul, com vista para o castelo medieval da vila de Montemor-o-Novo, e para o céu imenso que nos recebe azul e quente.

A entrada no L’AND Vineyards convida a uma pausa antes sequer de nos adentrarmos no seu ambiente intimista, recatado, fresco. A madeira acolhe o olhar, deixa-o pousar com serenidade. O calor e a luz intensa ficaram lá fora. Aqui a penumbra acaricia a madeira escolhida pelo arquiteto brasileiro Márcio Kogan para acentuar a personalidade do lugar.

Neste wine resort respira-se o Alentejo, o vagar e o conceito de turismo de baixa densidade. Aqui convida-se o tempo a escoar lentamente pelos dedos, redescobre-se o ritmo natural do corpo. E tudo conflui nesse sentido. Partindo de dentro para fora, é impossível ficar indiferente ao design de interiores, ao chão de ardósia, aos tapetes feitos à mão (aqui bem perto, em Reguengos de Monsaraz), à elegância das cadeiras de João Serôdio e das peças de madeira criadas à medida por George Nakashima. O conforto é importante e se há nomes que devem ser mencionados por terem pensado no nosso bem-estar, então citem-se. Como o ateliê PROMONTORIO, que idealizou o hotel do L’AND como coração palpitante deste projeto, e o ateliê PROAP Landscape Architecture, que assina a arquitetura paisagista, que nos faz redescobrir os aromas da paisagem mediterrânica tradicional.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Ler artigo completo