Jogo online rende 373 mil euros por dia ao Estado

1 mes atrás 30

Apesar do Estado amealhar uma generosa quantia, o maior montante vai para os operadores, sendo que já ganharam 3,4 mil milhões de euros desde 2015.

O jogo online tem sido uma ‘modalidade’ em crescimento desde que foi legalizado em 2015. Só este ano, o Estado conseguiu arrecadar 522,7 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano com o imposto especial de jogo online (IEJO), um valor que ascende aos 1,1 mil milhões de euros desde 2016.

O “Jornal de Notícias” fez as contas, evidenciando uma receita de 373 mil euros por dia que o Estado português consegue guardar com as apostas online.

Apesar do Estado amealhar uma generosa quantia, o maior montante vai para os operadores, sendo que já ganharam 3,4 mil milhões de euros desde 2015. Do total desta receita bruta, 60,5% corresponde a jogos de fortuna ou azar, como jogos de casino, e 39,5% a apostas desportivas à cota.

Segundo os dados consultados pela publicação no relatório trimestral do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, o registo de jogadores soma agora 4,4 milhões de apostadores em 17 entidades exploradoras, sendo que a grande maioria tem menos de 45 anos e 34,1% dos novos registos tem até 24 anos.

Os jogos de fortuna ou azar (casino) foram os que registaram um maior crescimento entre trimestres, num aumento de 15,6 milhões de euros, com os jogos de máquinas a recolherem a preferência, enquanto nas cotas ganha o futebol com 69,3%.

Atualmente, o Porto é o distrito com mais jogadores (21,2%), seguindo-se Lisboa de muito perto (21,1%). A maioria dos apostadores tem nacionalidade portuguesa, mas também há registos do Brasil, Cabo Verde, Nepal e Angola.

Casas de jogo online ilegais em crescimento

Um total de 1.238 operadores ilegais de jogo online já viram a sua entidade encerrada desde que o regime jurídico entrou em vigor em junho de 2015.

Desde esta altura, foram bloqueados 2.017 sites de operadores ilegais que atuavam no mercado das apostas online. O regulador enviou ainda 33 processos ao Ministério Público para serem instaurados processos-crime.

O portal Aposta Legal divulgou, na terça-feira, que sete das casas de apostas online mais utilizadas em Portugal estão a operar de forma ilegal.

O estudo do portal revela também que, entre as 30 casas sem licença com mais tráfego, apenas 13% bloqueiam o acesso e a inscrição de jogadores portugueses, o que eleva a probabilidade de existirem novos utilizadores que apostam, mas que ficam sem qualquer tipo de proteção da legislação portuguesa.

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