Jorge Fernandes evitou males maiores

5 meses atrás 74

Empate arrancado a ferros. O Vitória empatou em casa diante do Farense, graças a um golo heróico de Jorge Fernandes, quando já passavam sete minutos dos 90´. Bruno Duarte aplicou a lei do ex e marcou aos nove minutos, gelando o D.Afonso Henriques com quase 20.000 pessoas, que apenas festejou bem perto do final.

No primeiro tempo, o Farense soube anular a ofensiva do Vitória e desmontar o adversário em contra-golpe. No segundo, só deu Vitória, mas Ricardo Velho e a ineficácia dos Conquistadores foram adiando o empate, até o conquistador Jorge restabelecer a igualdade.

A arte de contra-atacar

Sábado, 15:30, 28º graus. Tudo certo, do ponto de vista do adepto. Guimarães já não via uma tarde assim há muito tempo e os aficionados aderiram em massa. Cordão humano antes da partida e muitas famílias na bancada: a essência do futebol. 

Bruno Duarte aplicou a lei do ex @Kapta+

Passando para o que se disputou dentro das quatro linhas, o jogo começou como era expectável. O Vitória com a iniciativa com bola, o Farense mais baixo, na espera de um desequilíbrio dos da casa para acelerar no contra-golpe. Jota ameaçou primeiro, mas depois foram os leões de Faro a beneficiarem das melhores chances. 

Na sequência de perdas de bola dos Conquistadores em zona alta, quer em bolas paradas, quer em organização, os leões começaram a sair em transição com fome de golo. Falcão conduziu o primeiro, mas decidiu mal. Depois, Belloimi recebeu entrelinhas, lançou Pastor e o lateral encontrou a cabeça de Bruno Duarte para o golo. Mais uma vez, a lei do ex a ter efeito. 

O Vitória foi atrás do prejuízo, mas sempre claudicando nos momentos de transição defensiva. João Mendes, de trivela, nivelou as contas, mas três minutos depois, foi descortinado um fora de jogo a Jota por 12 centímetros. O lance deu aso a alguns protestos, pois há dúvidas se o lance já não é considerado uma nova jogada. 

Até ao fim do primeiro tempo, muitas paragens e uma lesão (que parece grave) de João Mendes. O Farense foi muito competente em praticamente todas as ações e anulou a sensação do campeonato.

Até ao lavar dos cestos é vindima

André André e Nuno Santos juntaram-se a Nelson Oliveira para o início do segundo tempo. Álvaro Pacheco abdicou da linha de três centrais e aplicou um 4-3-3, já com Jota à direita. O resultado? Maior praticidade ofensiva vitoriana, que começou a dominar e a criar perigo pelos corredores. 

Com o jogo mais focalizado nos cruzamentos e o jogo por fora, surgiu algum espaço à entrada da área. Tiago Silva tentou por duas vezes, mas o jogo 100 de rei ao peito não estava a ser o mais inspirado. Maga apareceu na cara de Ricardo Velho, mas o guarda-redes sensação da Liga negou com uma mancha. De seguida, Nelson Oliveira, com um remate acrobático atirou ao lado. 

Foram raras as vezes em que o Farense saiu do seu próprio meio-campo, o que demostra a pressão vitoriana no segundo tempo, mas as oportunidades claras de golo não apareciam com tanta frequência como Álvaro Pacheco gostaria. Butzke entrou para ser mais uma referência e esteve num dos lances mais claros da segunda parte. O espanhol amorteceu e André André rematou fraco na cara de Velho. 

O desespero já se apoderava de todos no D.Afonso Henriques, mas eis que surgiu Jorge Fernandes, herói improvável. Corria o minuto 97, quando o central subiu ao terceiro anel e fez a bola pingar para o fundo das redes, resgatando um ponto importante na luta pelo quarto lugar.

Ler artigo completo