Jornalistas detidos no Quirguistão por alegadamente incitarem tumultos

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Estas ações acontecem um dia depois de buscas à agência de informação 24.KG e da detenção da sua diretora e da sua chefe de redação num inquérito por propaganda, na sequência da publicação de artigos sobre a guerra na Ucrânia.

A polícia revistou as instalações do "Temirov Live" e as casas de funcionários atuais e antigos, divulgou Bolot Temirov, que dirige este meio de informação que emite através de redes sociais.

O jornalista de investigação que se dedica a processos de corrupção indicou ainda que vários repórteres foram detidos.

Por seu lado, o ministério do Interior indicou estar a investigar os "incitamento de tumultos" transmitidos pelo Temirov Live e Aït Aït Desse, que emite também pelas redes sociais.

A organização Repórteres sem fronteiras indicou terem sido detidos "11 jornalistas que trabalharam ou estão a trabalhar em processos ligados à corrupção das elites do Quirquistão, em especial no círculo presidencial".

"Esta onda de detenções com base numa acusação duvidosa é idêntica a uma purga do jornalista de investigação local", segundo Jeanne Cavelier, um responsável desta ONG, citada em comunicado.

Em janeiro de 2022, Bolot Temirov foi acusado de "posse de estupfacientes" dias depois da divulgação de uma reportagem sobre uma poderosa família do país.

Jornalistas e organizações não-governamentais têm denunciado pressões crescentes nos últimos anos contra os meios de comunicação na ex-república soviética da Ásia central.

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