Juiz decide levar Rubiales a julgamento por beijo não consentido a Jenni Hermoso

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O juiz Francisco de Jorge considerou que o o beijo dado por Luís Rubiales, antigo presidente da Real Federação espanhola de futebol (RFEF), a Jenni Hermoso, internacional espanhola, nos festejos da final do Mundial feminino 2023, foi «não consentido», pelo que o caso vai mesmo a julgamento.

O magistrado considerou que o beijo «não foi consentido» e «inesperado» e que Jorge Vilda, antigo selecionador feminino espanhol, assim como Albert Luque, membro técnico da seleção espanhola masculina, e Ruben Rivera, o diretor de marketing da RFEF, fizeram «pressão», «para quebrarem a vontade de Jenni Hermoso e levarem a jogadora a gravar um vídeo referindo que o beijo tinha sido consentido», recomendando, assim, que todos sejam julgados.

«A finalidade erótica ou não, bem como o estado de euforia e agitação que se seguiram ao extraordinário triunfo, são elementos cujas consequências, ou consequências legais, devem ser determinadas durante o julgamento», afirmou o juiz.

Segundo Francisco de Jorge, o beijo na boca de Rubiales a Hermoso «afeta a esfera da intimidade, reservada às relações sexuais entre dois adultos», contrariando, por isso, o argumento do antigo presidente da RFEF de que a situação ocorreu num «momento de felicidade, de grande alegria e no momento», sem «qualquer conotação sexual.»