Juristas Católicos apelam ao voto consciente nas eleições Europeias

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Em comunicado, a AJC recorda que o projeto de integração europeia se tornou possível como "projeto de esperança porque foi assente na linguagem comum dos valores que os povos europeus partilham em razão da sua herança cristã: o primado da pessoa, o bem comum, a solidariedade, a igualdade e a subsidiariedade".

"As sociedades europeias são hoje, comparativamente com outras regiões do mundo, pacíficas, economicamente prósperas, politicamente organizadas e socialmente ordenadas", no entanto, a UE "enfrenta agora também grandes desafios, que arriscam comprometer a unidade entre os Estados", avança o documento.

Entre estes desafios, os juristas católicos apontam "a guerra na Ucrânia, a crise dos refugiados e dos imigrantes que chegam ao território europeu atraídos pelo seu modo de vida, o ambiente, o envelhecimento populacional, a rápida evolução da técnica e da inteligência artificial", admitindo que "não se trata de problemas circunstanciais, mas de questões fundamentais que reclamam um novo olhar sobre a Europa e o que ela representa".

Neste contexto, e apelando ao "voto consciente", a AJC recorda a intervenção do Papa Francisco no Parlamento Europeu, em 2014, quando defendeu ter chegado a hora "de construir juntos a Europa que gira, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; a Europa que abraça com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".

"Chegou o momento de abandonar a ideia de uma Europa temerosa e fechada sobre si mesma para suscitar e promover a Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé. A Europa que contempla o céu e prossegue ideais; a Europa que assiste, defende e tutela o homem; a Europa que caminha na terra segura e firme, precioso ponto de referência para toda a humanidade!", afirmou o pontífice na ocasião.

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