A acusação foi entregue ao juiz responsável pelo caso, Juan Carlos Checkley.
Pedro Castillo, de 54 anos, um antigo professor da zona rural do Peru, eleito em junho de 2021 à frente de um partido de esquerda radical, foi colocado em prisão preventiva até dezembro de 2025.
Em 07 de dezembro de 2022, anunciou numa mensagem à nação a dissolução do Parlamento e a convocação de uma Assembleia Constituinte. No entanto, abandonado pelas instituições e pelo Exército, foi demitido das suas funções e imediatamente detido.
Castillo sempre defendeu a sua inocência em múltiplas audiências: "Nunca peguei em armas", repetiu, lembrando que a sua ordem de dissolver o Parlamento não foi cumprida.
Segundo o antigo chefe de Estado, foi demitido graças a uma alegada conspiração política entre os governantes eleitos de maioria de direita no Parlamento e o Ministério Público, que o investigava por alegados casos de corrupção.
Demitido após apenas 17 meses no poder, foi substituído pela sua vice-presidente, Dina Boluarte, cujo mandato foi contestado nas ruas por manifestantes pró-Castillo.
A repressão policial deixou mais de 50 mortos, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
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