Justiça, saúde e economia: os temas em destaque no último debate a oito frentes

6 meses atrás 79

Realizou-se hoje o último debate televisivo que contou com a presença de todos os partidos políticos com assento parlamentar. Entre os temas abordados saltam à vista a justiça, saúde e economia.

Os partidos com assento parlamentar realizaram hoje o último debate televisivo, onde foram abordados os temas da justiça, saúde e economia.

Começando pelo tema da justiça, os partidos foram confrontados com os últimos acontecimentos no país que levaram à queda de dois governos. Para Pedro Nuno Santos, líder do PS, o que aconteceu nos últimos meses em Portugal não é “irrelevante” e “temos de perceber o que aconteceu”. O partido sublinha que “deve ser clarificada a relação de cadeia hierárquico no Ministério Público”. Já o Bloco de Esquerda considera que é importante que o “Ministério Público explicasse ao país quando as suas diligências tem consequências políticas”.

Para Luís Montenegro, candidato pela AD, a recandidatura de Miguel Albuquerque “é uma opção dele”. No entanto, a AD afirma que na área da justiça é relevante que a “decisão seja tomada em 72 horas e se necessário recorrer a mais juízes”. “Os políticos têm de exercer as suas funções e a justiça também”, salienta Montenegro.

A Iniciativa Liberal, liderada por Rui Rocha, considera que é necessário realizar a “simplificação de processos para combater a corrupção”. Já o PAN de Inês Sousa Real salienta que a “corrupção combate-se com reforço de meios”

Paulo Raimundo, do PCP, falou sobre o facto dos custos judiciais “afastam milhares de pessoas da justiça” e o Livre sublinha que “temos um mal estar grande na justiça” e que tal se combate com “darmos à nossa democracia maior transparência nos processos”.

Saúde

No tema da saúde, Montenegro afirma que “é preciso salvar o SNS dos oito anos de desgovernação do PS” e garante que vai aprovar “um programa para a área da saúde para aquilo que são os maiores constrangimentos”.  O Chega, de André Ventura, também segue a mesma linha de pensamento no que toca ao estado do SNS, destacando que ” temos um sistema de saúde que não está a dar resposta” e que “precisamos de um novo modelos de gestão na saúde”.

O PAN sublinha que a resposta na saúde passa pela aposta “nos médicos de família”, enquanto o BE salienta que “é preciso recursos para manter profissionais no SNS”, e o Livre revela que o “SNS precisa de condições para ser o melhor para os portugueses”. O PS frisa que é necessário “continuar com uma valorização das carreiras”.

Economia e impostos

Sobre a economia do país, o PCP declara que “temos uma situação brutal de injustiça naquilo que é a distribuição de riqueza”. Para Inês Sousa Real neste tema as medidas passam por garantir “uma revisão dos escalões de IRS, e de começar a falar na economia verde”.

O PS sublinha que esta matéria não passa por um “choque fiscal”, como quer a AD, mas sim por um “choque salarial”, sendo que o partido apresenta “uma estratégia orçamental prudente”.

Na perspetiva da AD entram as baixas de IRC, sendo que Luís Montenegro considera-se um “otimista e confio muito na capacidade produtiva do povo português”. Na opinião de André Ventura o “país não aguenta mais impostos”.

Rui Rocha evidencia que “temos de pôr a economia portuguesa a crescer”, sendo que de acordo com as propostas da IL é possível chegar ao fim da legislatura com um crescimento económico de 4%.

No entanto, Rui Tavares revela que “baixas no IRC não nos dão garantias de investimento económico”, sublinhando que o “investimento público tem de regressar”. Mariana Mortágua destaca ainda que a “baixa do IRC privilegia poucas empresas”, e que se produz mais riqueza “com uma economia de valor acrescentado”.

Ler artigo completo