KKR e antigos acionistas da dona da Telepizza receberam 350 milhões de ‘warrants’ para poder participar na recuperação

7 meses atrás 63

Apesar de o fundo de private equity ter deixado a estrutura acionista da FDB, os “laços” não estão completamente cortados dado que estes instrumentos potencialmente convertíveis em ações permitem aos antigos acionistas participar numa futura recuperação e posterior venda da empresa, caso esta ocorra.

O fundo norte-americano KKR e antigos investidores da Food Delivery Brands (FDB) receberam até 350 milhões de warrants do grupo de restauração que detém a Telepizza, de acordo com o “Cinco Dias”.

A Telepizza distribuiu estes títulos convertíveis a fim de a KKR e outros investidores como Artá, Torreal, J Safra Group e Altamar, poderem participar numa futura recuperação da empresa, mesmo depois de terem saído da estrutura acionista.

Assim e apesar de o fundo de private equity e outros investidores terem deixado a estrutura acionista da FDB, os “laços” não estão completamente cortados dado que estes instrumentos potencialmente convertíveis em ações permitem aos antigos acionistas participar numa futura recuperação e posterior venda da empresa, caso esta ocorra.

Warrants são contratos que concedem o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo a um preço pré-estabelecido e numa determinada data.  Os detentores dos warrants nesta operação têm direito de comprar o ativo subjacente (call warrant) ao preço de exercício (strike) numa (ou até uma) determinada data, ou a receber a diferença, se positiva, entre o preço de mercado do ativo subjacente no momento do exercício e o preço de exercício.

De acordo com o Boletín Oficial del Registro Mercantil (BORME), citado pelo jornal espanhol, a FDB emitiu um total de 350,4 milhões de warrants em 31 de janeiro. Estes seriam equivalentes a 3,5 milhões de euros num futuro aumento de capital, uma possibilidade que a empresa também registou no caso de tal conversão se concretizar. Estes 3,5 milhões de euros representariam 16% do capital resultante da Food Delivery Brands, uma vez efectuado este hipotético aumento de capital.

A entrega destes instrumentos  faz parte das operações entre obrigacionistas e antigos acionistas da empresa, que nos últimos meses têm sido realizadas, no âmbito da reestruturação financeira do FDB.

O grupo de restauração comprometeu-se também com o Banco Santander e o Instituto de Crédito Oficial (ICO), que fazem parte da sua lista de obrigacionistas, a entregar uma espécie de derivados financeiros com os quais reembolsar parte do empréstimo de 40 milhões de euros concedido em plena pandemia com a garantia da instituição pública de crédito.

A dona da Telepizza recebeu na altura 40 milhões dos bancos, num empréstimo ICO coordenado pelo Banco Santander, e outros 42 milhões dos acionistas.

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