KKR notifica a Autoridade da Concorrência do controlo exclusivo da Greenvolt

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A KKR, que tem uma OPA em curso sobre a Greenvolt, estabeleceu o dia 30 de setembro como prazo máximo para ter todas as aprovações.

A GVK Omega, a sociedade-veículo (SPV) da norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR), notificou a Autoridade da Concorrência (AdC), no passado dia 24 deste mês, da aquisição do “controlo exclusivo” sobre a Greenvolt,

“A SPV indireta e totalmente detido por fundos de investimento, entidades veículo e/ou accounts assessorados e geridos pela KKR” é o adquirente.

A AdC descreve a KKR como “uma empresa de investimento global que oferece alternative asset management, bem como soluções de mercados de capitais e seguros”.

“A KKR patrocina (sponsors) fundos de investimento que investem em private equity, crédito e ativos imobiliários e tem parceiros estratégicos que gerem hedge funds. Em Portugal, os fundos de investimento, entidades veículo e/ou accounts assessorados e geridos pela KKR investem em vários setores, através do portefólio de empresas que controlam, incluindo o setor financeiro, da saúde, turismo e educação”, lê-se no documento da AdC.

O KKR tem uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) a correr e, segundo o anúncio preliminar, a oferente já tinha chegado a acordo com os principais acionistas da Greenvolt para adquirir um total de 60,86% da empresa “ativa na promoção, desenvolvimento, operação, manutenção e gestão, direta ou indiretamente, de centrais elétricas e outras instalações para a produção, armazenamento e comercialização de energia a partir de fontes renováveis”, tal como a descreve a AdC.

A KKR tem o acordo de sete acionistas de referência da Greenvolt – Actium Capital, Caderno Azul, Livrefluxo, Promendo Investimentos, V-Ridium, KWE Partners e 1 Thing Investments.

A oferta de compra da Greenvolt foi lançada a 21 de dezembro do ano passado pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo entretanto sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.

As aquisições só deverão estar concluídas a partir de 31 de maio de 2024, após aprovação por parte da Autoridade da Concorrência Portuguesa, da Roménia, da Irlanda, do Reino Unido e da Alemanha.

A KKR estabeleceu também o dia 30 de setembro como prazo máximo para ter todas as aprovações.

Recorde-se que os norte-americanos da KKR propõem-se a comprar a Greenvolt por 8,3 euros por ação. A oferta da KKR avalia a empresa de energias renováveis em 1,16 mil milhões de euros.

O montante será pago em dinheiro, “após dedução de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação objeto da Oferta a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reserva”, segundo a oferente.

A Oferente (KKR) tem a intenção de exercer o direito de aquisição potestativa “previsto no artigo 194.º do CVM, caso venham a estar reunidos os requisitos legais para o efeito”. Isto significa que a intenção da KKR é retirar a Greenvolt de bolsa.

A publicação do processo na AdC foi hoje e há um prazo de 10 dias para receber observações.

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