Numa entrevista ao jornal britânico Telegraph, o procurador-geral ucraniano, Yuri Belousov, referiu-se a um vídeo publicado em dezembro passado que mostrava soldados russos a disparar sobre prisioneiros ucranianos.
"O vídeo não é falso, os nossos militares foram baleados. Este é um exemplo de um crime de guerra cometido pelos ocupantes, que infelizmente é bastante comum entre os russos", disse Belousov, acrescentando que Kyiv já conseguiu identificar as vítimas.
O Ministério Público ucraniano, prosseguiu, está agora a recolher informações sobre o número total de execuções e torturas de prisioneiros de guerra nas mãos das forças armadas russas.
"Não se trata de casos raros, trata-se de um sistema. [...] A tortura e os maus-tratos são os crimes mais comuns", argumentou o procurador-geral ucraniano.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, surgiram vários documentos e vídeos de alegadas torturas e execuções de prisioneiros de guerra ucranianos por soldados russos, embora em alguns casos nem mesmo Kyiv tenha conseguido confirmar os factos.
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