Líbano. China nota "ataques indiscriminados" contra civis após explosões

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"Estamos atentos à evolução da situação regional, nomeadamente às recentes explosões de equipamentos de comunicação no Líbano, e opomo-nos firmemente aos ataques indiscriminados contra civis", declarou Wang Yi, durante uma reunião bilateral em Nova Iorque, acrescentando que Pequim "estará sempre ao lado do Líbano", segundo um comunicado divulgado pela diplomacia chinesa.

Wang Yi reafirmou o apoio da China à "soberania, segurança e dignidade nacional" do Líbano face aos recentes ataques israelitas.

Ele condenou igualmente os recentes bombardeamentos israelitas que causaram centenas de vítimas, qualificando estas ações como uma "violação dos princípios fundamentais das relações internacionais".

O ministro dos Negócios Estrangeiros assegurou ainda que Pequim "estará sempre do lado da justiça e apoiará os seus irmãos árabes, incluindo o Líbano", sublinhando a sua preocupação com o recente ataque a equipamentos de comunicação no país.

Bou Habib congratulou-se com o apoio contínuo da China em fóruns internacionais como a ONU, sublinhando que Pequim "sempre defendeu a justiça e os direitos dos países em desenvolvimento".

O ministro libanês sublinhou que "o Líbano está a enfrentar tempos difíceis", com mais de 300 pessoas mortas nos atentados bombistas, e espera que a China continue a promover a paz e o diálogo na região.

A visita de Wang aos Estados Unidos insere-se no âmbito da sua participação na 79.ª Assembleia Geral da ONU, onde representará a China e procurará obter o apoio do Sul Global numa altura de fricção com o Ocidente.

O ministro, que estará em Nova Iorque até 28 de setembro na qualidade de enviado especial do Presidente chinês, Xi Jinping, assistirá também ao debate de alto nível do Conselho de Segurança e manterá reuniões com os seus homólogos dos BRICS e do G20.

Wang deverá apelar novamente a um cessar-fogo em Gaza e à contenção para evitar nova escalada, no meio de uma campanha de bombardeamento israelita contra o sul do Líbano, exacerbada pelas tensões entre Israel e o grupo xiita Hezbollah.

Wang já apoiou o pleno reconhecimento da Palestina na ONU e a solução de dois Estados para garantir a "coexistência pacífica" entre israelitas e palestinianos.

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